Em 1987, Ron Dennis, ao ver a primeira vitória de Ayrton Senna, então na Lotus, na Fórmula 1, pensou: “Esse rapaz tem o que é necessário”. Encantado, levou o jovem brasileiro para ser o escudeiro do intocável Alain Prost, francês já bicampeão do mundo, na McLaren. O paulista, no entanto, queria mais. Passou a incomodar o astro desde a primeira corrida. Assim, nascia uma das maiores rivalidades da história da categoria. Agora, em novembro, essa disputa serve de fio condutor para o documentário “Senna”, que estreia no país no próximo dia 12.
O filme abre com imagens de Ayrton ainda adolescente, disputando sua primeira corrida de kart fora do Brasil. A partir daí, o documentário trilha, de forma bela e acentuada pela música de Antonio Pinto, a trajetória do brasileiro nas pistas da Fórmula 1. Dirigido pelo inglês Asif Kapadia, “Senna” se inspira no padrão hollywoodiano e transforma o duelo entre herói e vilão, papel dado a Prost, como a grande questão do filme.
"Senna", no entanto, não atira somente contra Prost. Presente em imagens inéditas, gravadas durante as orientações que dava aos pilotos antes da prova, Jean Marie Balestre, presidente da FIA na época, é tão vilão quanto o seu compatriota na obra de Kapadia. E o filme não faz questão de negar isso.
Ainda que a rivalidade histórica entre Ayrton e Prost seja o assunto principal, o roteiro mostra a sequência, às vezes de forma detalhada e outras, apressada, dos passos do brasileiro na categoria. As angústias, as vitórias, os amores e as polêmicas em torno do tricampeão mundial estão todas lá, com mais ou menos intensidade. (As informações são do G1)
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