segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CFM LIBERA COBRANÇA PARA ACOMPANHAMENTO DO PARTO

O Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu liberar a cobrança pelos médicos de acompanhamento do parto. Trata-se de um valor extra para garantir que o médico fique com a paciente de plano de saúde durante todo o trabalho de parto. Parecer da entidade avalia que essa prática não fere a ética nem caracteriza dupla cobrança. "O contrato do profissional com a operadora prevê o recebimento pelas consultas e pelo procedimento do parto em si - e não pelo acompanhamento", afirmou o coordenador da Câmara Técnica do CFM que preparou o parecer, Gerson Zafalon.

Ele reconheceu, no entanto, ser difícil fazer a separação entre o acompanhamento e o trabalho de parto. A advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Joana Cruz, considera a prática abusiva. "Se médicos estão descontentes com remuneração, devem negociar com operadoras, não obrigar pacientes a pagar por mais". Ela afirma que, ao fazer um plano de saúde, a usuária pretende que todo o procedimento do parto seja garantido pelo plano. "Essa divisão, parto, acompanhamento do parto nunca existiu", completou.

Uma alternativa, completa, seria a gestante cobrar o ressarcimento das operadoras do plano. Algo que Zafalon também recomendou. "As operadoras têm de arcar com todos os custos. Nem médico nem paciente têm de arcar com essa responsabilidade", defendeu. Operadoras pagam em média R$ 250 pela cesárea e R$ 300 pelo parto normal, disse Zafalon. Um valor muito baixo, que não paga o trabalho de parto, acrescentou. "Eles chegam a durar 8, 10 horas." (As informações da Agência Estado)

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