Uma bela jovem, moradora de uma tribo no interior da Nigéria, é cortejada por um professor universitário de costumes ocidentalizados e por um poderoso chefe, detentor da tradição local. A metáfora da própria condição africana nos últimos séculos é o tema de O Leão e a Joia (Geração Editorial, R$ 25/168 págs.), do nigeriano Wole Soyinka, 78, primeiro autor negro africano a receber um Prêmio Nobel de Literatura, em 1986.
Esta é a primeira vez que um livro do renomado autor é publicado no Brasil. Hoje, às 14h, ele realiza palestra e lança a obra na Academia de Letras da Bahia, em Nazaré. O encontro é aberto ao público. A obra tem prefácio escrito por Ubiratan Castro, diretor geral da Fundação Pedro Calmon.
Escrito para o teatro e encenado pela primeira vez em 1959, O Leão e a Joia reflete, com humor, as questões que inquietavam intelectuais africanos no período pós-colonização europeia. Como lidar com as muitas possibilidades do mundo contemporâneo que batia à porta das frágeis nações – e que ainda hoje, muitas vezes, encontram respostas evasivas – era uma dúvida recorrente.
Em sua vasta carreira literária, Soyinka transitou por diversas áreas. Além de dramaturgo, é autor de romances, livros de poesia e de não-ficção. Mas, assim de tudo, se define como um defensor dos direitos humanos. (As informações do Coreio)
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