A Justiça da ilha de Jersey, paraíso fiscal britânico, determinou que duas empresas da família Maluf devolvam US$ 22 milhões (R$ 45,6 milhões) à prefeitura de São Paulo. O dinheiro, segundo a prefeitura, foi desviado por Maluf, que foi prefeito paulistano entre 1993 e 1996. Cabe recurso da decisão.
Segundo a Folha Online, a sentença diz que o "município foi vítima de uma fraude, que teve Paulo Maluf como um de seus participantes". A decisão foi comemorada pelo procurador-geral do Município de São Paulo, Celso Coccaro. "É uma decisão pioneira, proferida no âmbito do direito internacional. Representou um marco contra a corrupção ao reconhecer a fraude contra a prefeitura", declarou.
O valor dos juros da condenação ainda será calculado e pode elevar o valor a ser pago para US$ 32 milhões. A assessoria de imprensa de Paulo Maluf (PP) divulgou em nota nesta sexta-feira (16) que o ex-prefeito não é réu na ação e que ele não tem conta no paraíso fiscal.
Nega também que os recursos desviados sejam da época em que Maluf era prefeito. Apesar disso, a assessoria diz que o processo é ilegal pois, entre outros argumentos, deveria ocorrer no Brasil, e sinaliza que vai recorrer da decisão.
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