Familiares do jovem Carlos Alberto Conceição dos Santos Junior, morto aos 22 anos em uma ação da Polícia Militar no Nordeste de Amaralina, reuniram-se nesta segunda-feira, 17, com representantes da Secretaria da Segurança Pública (SSP) para denunciar policiais que cometem abuso de poder no bairro.
Por três horas, parentes da vítima foram ouvidos na sede da Superintendência de Prevenção à Violência (Sprev) da SSP, quando receberam das autoridades a promessa de que os casos de violência contra moradores locais serão apurados e haverá remoção dos PMs infratores da Base Comunitária de Segurança (BCS).
As informações são do trabalhador da construção civil e mestre capoeirista Carlos Alberto Conceição dos Santos, o mestre Bozó, 52 anos, que não esconde a dor de ter perdido o mais velho dos oito filhos, no que considera uma "ação desastrada" da polícia.
Além das medidas anunciadas ontem, a SSP havia determinado o afastamento, por 40 dias, dos sete PMs envolvidos na ação que resultou na morte de Carlos Alberto. O período equivale ao tempo de duração do inquérito policial militar (IPM) que vai examinar a origem da bala que matou o rapaz.
"Nos disseram que vão afastar os policiais da Base que andam aterrorizando os moradores do bairro", informou mestre Bozó. "Eu tenho de correr atrás. Meu menino não era envolvido em coisa errada. Se fosse, você acha que a população botaria a cara na rua?", completou.
Também esteve presente à reunião o capoeirista Joel Castro, conhecido como mestre Ninha, pai do garoto Joel Conceição Castro, morto com um tiro deflagrado pela PM em novembro de 2010, e tio de Carlos Alberto, morto na última quarta-feira. (As informações do A Tarde)
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