sexta-feira, 19 de julho de 2013

POLÍCIA INVESTTIGA MORTE DE GAROTA DE 14 ANOS

Stephane de Souza Brito era uma garota “normal, do bem, sem envolvimento com tráfico, com crime, com nada”, segundo descrição de parentes e amigos de Narandiba. Aos 14 anos, ela ia a passeios da igreja e frequentava o 6º ano da Escola Estadual Heitor Villa Lobos, no Cabula VI. Mesmo assim, a vida dela foi interrompida por um tiro, por volta das 20h30 de quarta-feira, quando ela ia comprar pão.

No momento da tragédia, vizinhos se reuniam em comemoração ao aniversário de um dos moradores da Travessa Boa Vista, onde a garota morava. Muitas crianças brincavam em frente a uma igreja, enquanto adultos conversavam nas imediações. Mas Stephane não fazia parte da festa. “Ela tinha saído para comprar pão. Estava na hora errada e no lugar errado. Eu não suspeito de ninguém, mas isso só acontece porque o Brasil não tem lei, a lei existe para proteger o errado”, desabafou um tio da garota, que não quis se identificar.

O delegado Pedro Andrade, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o crime, disse que o autor dos disparos desceu de um carro prata e atirou em direção a outros homens que estavam na festa. Os alvos não foram identificados, mas apenas Stephane foi atingida no rosto. Ela chegou a ser levada para o Hospital Roberto Santos, onde deu entrada às 21h10, depois de ser socorrida por um vizinho, mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 21h40.

Andrade não descarta a hipótese de que o atirador seja alguém da região. “Não descartamos nenhuma possibilidade, mas acredito que seja um caso isolado. O bandido queria atingir alguém em específico e a menina foi baleada por acidente. Depois de disparar contra as pessoas, ele entrou no carro e fugiu. Algumas pessoas disseram que o bandido mora na região, na rua do Canal” contou o delegado Pedro Andrade.

Na manhã de ontem, amigos e vizinhos de Stephane não sabiam explicar o que teria motivado o crime. O tio da menina mostrava as marcas dos três tiros que foram disparados por um homem que, segundo ele, vestia a camisa do Bahia no momento do crime: um alcançou o portão da Igreja Pentecostal Revelação da Sabedoria Divina; o segundo atravessou a janela da Igreja Pentecostal Missionária Misericórdia de Deus e chegou ao altar; outro atingiu Stephane que, não teve reação para correr.

“Ela não teve perna para correr, ficou parada. Quando ela caiu, acharam que poderia ser outra pessoa, até a gente ver que era ela. O que revolta é que ela era inocente. Quando a pessoa tem envolvimento (com o crime), a família já espera, mas ela não tinha nada a ver com isso”, afirmou o tio. (As informações do Correio)

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