A paralisação da Unidade de Coque da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), atingida por um incêndio na noite deste sábado (4), deve representar para a Petrobras uma perda diária de R$ 500 mil em receita. O prejuízo da estatal pode ser ainda maior, com a importação dos derivados de alto valor agregado para suprir o fornecimento. Também há interrupção na produção de gasolina e diesel.
A estimativa é do Sindicato dos Petroleiros (Sindpetro) de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, que também prevê um prazo entre cinco e 10 dias para a retomada da produção no local. Os sindicalistas acusam a empresa de aumentar em 20% a operação na unidade, sobrecarregando os equipamentos. Ninguém ficou ferido no incêndio. Segundo o presidente do Sindpetro de Duque de Caxias, José Simão Zanardi, as chamas atingiram altura de 20 metros, mas ficaram restritas à casa de bombas, prejudicando seis equipamentos.
"Em agosto, a carga da unidade passou de 5 mil metros cúbicos por dia para 6 mil, um aumento de 20%, na tentativa de evitar as importações. Desde então, tem acontecido os acidentes. Os equipamentos, bombas, compressores, e torres não suportam a carga", afirmou. A Reduc é responsável por 10% da produção de refino no País, com o processamento de 240 mil barris de óleo cru por dia. "Além de deixar de gerar R$ 500 mil por dia com a produção dos derivados, a empresa terá que importar mais derivados, de alto valor agregado.
Os produtos gerados na unidade abastecem, por exemplo, a indústria de cimento. Pode gerar um impacto", avalia Zanardi. Segundo ele, a presidente da estatal, Graça Foster, esteve na refinaria por volta das 20h, acompanhada do diretor de abastecimento, José Carlos Consenza. (As informações da Agência Estado)
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