A disputa judicial entre Portuguesa e CBF entrou em campo nesta sexta-feira à noite e interrompeu a partida de abertura da Série B entre o clube paulista e o Joinville, em Santa Catarina, aos 17 minutos do primeiro tempo em um dos episódios mais confusos e tristes do futebol brasileiro. Não há definição sobre o vencedor da partida, nem sobre o torneio que a Lusa vai disputar.
A Portuguesa primeiro decidiu descumprir uma liminar obtida por um torcedor do próprio clube que a recolocava na Série A e entrou no gramado da Arena Joinville. O torcedor da Lusa Renato de Britto Azevedo, que obteve a liminar favorável ao clube, ameaçou entrar com uma queixa-crime contra a diretoria da Portuguesa e a CBF pelo descumprimento da determinação judicial. Um oficial de Justiça teria ido à casa do presidente Ilídio Lico quando o time estava em campo.
A partir dessa ameaça, a diretoria da Lusa determinou que os jogadores abandonassem o gramado, respeitando a liminar obtida pelo torcedor. Aos 17 minutos do primeiro tempo, o delegado da partida, Laudir Zermiani, informou o quarto árbitro e imediatamente o técnico Argel Fucks pediu para que os jogadores saíssem do campo.
Os atletas do Joinville permaneceram no gramado da Arena Joinville. Depois de 30 minutos, período máximo de paralisação previsto no regulamento, a Portuguesa informou que não retornaria ao gramado. “A decisão de não voltar ao jogo foi da Portuguesa”, diz o delegado da partida que confirmou que o pedido de interrupção do jogo também foi feito pelo clube.
A CBF informou que a Portuguesa deve ser punida por WO (abandono de campo) por ter cumprido a decisão de uma juíza incompetente - o Superior Tribunal de Justiça definiu que desse caso devem ser centralizadas na 2.ª Vara Cível da Barra da Tijuca - e também por descumprir a decisão do árbitro de retomar a partida. (As informações do Estadão)
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