"NÃO VOU MEXER EM NADA, SÓ QUERO FUGIR", DISSE ASSALTANTE QUE MORREU APÓS CAIR DE PRÉDIO NA GRAÇA

A habilidade para escalar prédios e invadir apartamentos fez do assaltante Igor Dantas Castro, 22, uma figura conhecida nos bairros da Graça, Barra e Canela, onde ele costumava agir há pelo menos dois anos. Na tarde da quinta-feira (4), o “Homem-Aranha”, como Igor era conhecido, fez a última escalada de sua vida. Perseguido pela polícia, depois de invadir o edifício Itajahy, na Avenida Euclides da Cunha, na Graça, descer três andares pendurado na fachada do prédio, invadir pelo menos dois apartamentos e trancar duas moradoras no banheiro, Igor acabou caindo do 7º pavimento do prédio e morreu na hora.

Fuga - A história da morte de Igor começou a se delinear minutos antes de ele chegar no edifício Itajahy. Segundo moradores, logo depois do meio-dia, Igor teria tentado invadir alguns edifícios da Rua Flórida, também na Graça. “Como não conseguiu roubar nenhum apartamento lá, ele foi pra Rua Esperanto, onde também não conseguiu roubar nada porque os moradores viram e chamaram a polícia”, contou o fazendeiro Gustavo Fernandes, morador do bairro.

Depois da Rua Esperanto, Igor foi para a rua transversal a ela, a Rua da Paz. Lá, ele teria tentado invadir outros imóveis, mas também não teria tido êxito e foi perseguido por moradores. “Chegaram a dar uma pedrada nele”, disse Gustavo. Fugindo pela Rua da Paz, Igor chegou até a Avenida Euclides da Cunha, onde fez jus a seu apelido. Primeiro, pulou o portão da entrada do Edifício Ouro Branco. “Ele falou pro porteiro: ‘Não se preocupe, não, não vou mexer em nada, só quero fugir’. Ele tentou sair pelo fundo do prédio, mas não conseguiu porque o prédio é fechado, então ele pulou para o do lado”, contou a universitária Camila Oliveira, moradora do Ouro Branco.

Depois de pular o gradil lateral do prédio, Igor chegou ao Edifício Itajahy. “Quando eu olhei, ele estava pulando o portão aqui do prédio. Ele entrou na garagem, subiu de escada até o 10º andar, onde arrombou uma janela e entrou no apartamento de uma senhora”, afirmou o porteiro José Fausto, que trabalha no edifício. (As informações do Correio)