Com a inflação elevada corroendo os ganhos da poupança e os juros altos atraindo investidores para opções mais vantajosas, o brasileiro tem saído da tradicional caderneta. Segundo o Banco Central, apenas em novembro, o total de saques da poupança superou depósitos em R$ 1,302 bilhão. No ano, até o mês passado, o total resgatado dessa aplicação foi de R$ 58,357 bilhões.
Nos dois casos, tratam-se dos maiores volumes de retiradas dos últimos 20 anos para os períodos, desde quando a instituição começou a compilar as informações disponíveis até hoje, em 1995. Até então, o pior novembro para a caderneta havia sido em 1995. Na ocasião, o resultado ficou negativo em R$ 590,9 milhões.
O resultado deste ano até agora também é significativo: pela primeira vez se vê um volume de resgates maior do que o de aplicações em todos os meses de um ano entre janeiro a novembro. Sendo que o resultado de março deste ano, saques maiores que os depósitos em R$ 3,3 bilhões, foi o pior para qualquer mês da série histórica do BC iniciada em 1995.
Com o resultado de novembro, o saldo total da poupança ficou em R$ 647,623 bilhões, já incluindo os rendimentos do período, no valor de R$ 4,079 bilhões. Os depósitos na caderneta somaram R$ 165,582 bilhões no mês passado, enquanto as retiradas foram de R$ 166,885 bilhões. A situação de novembro só não foi pior porque, no último dia útil do mês, a quantidade de aplicações foi R$ 4,563 bilhões maior do que a das retiradas. Até o dia 29, o saldo da caderneta estava no vermelho em R$ 5,8 bilhões. (As informações do Correio)
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