Ao que tudo indica, a novela Marinho chegou ao fim. O atacante já embarcou na noite desta sexta-feira, 6, para a China e não deve mesmo seguir como atleta do Vitória. Na quarta-feira, ele e seu empresário, Jorge Machado, haviam chegado a Salvador e passaram dois dias em negociações com a diretoria rubro-negra. Isso porque, segundo as palavras do próprio Marinho em pronunciamento público na manhã de quinta-feira, ele havia recebido “uma proposta surreal de um clube chinês (Changchun Yatai) e gostaria de aceitá-la”.
O entrave era que Marinho ainda tem contrato com o Leão até dezembro de 2018 e a multa rescisória é de R$ 17 milhões (do montante, o Vitória ficaria com metade, pois, por contrato, 20% seriam repassados a Jorge Machado e 30% ao Cruzeiro, ex-clube de Marinho). O Vitória não abre mão de recebê-la para poder liberar os direitos federativos e econômicos do jogador.
Nas rodadas de negociações, a oferta chinesa, trazida por Jorge Machado, era de pagar somente R$ 10 milhões pelo atacante. O Rubro-Negro ficaria com R$ 5 milhões. Nisso, foi criado um impasse. Nesta sexta, no último contato que teve com a diretoria do Vitória, horas antes de embarcar ao lado de Marinho rumo à China, o empresário prometeu resolver a situação junto aos chineses para conseguir o pagamento integral da multa.
Ivã de Almeida, presidente do Leão, explicou: “Tivemos, como todos têm acompanhado, duas reuniões intensas, com muita discussão. O Vitória colocou a posição de que a saída Marinho é mediante pagamento da multa do contrato. O empresário dele, Jorge Machado, se colocou à disposição para efetuar o pagamento. Enquanto isso não ocorrer, ele é nosso jogador. Espero que nesta semana venha a transcorrer a questão burocrática, que é de pagamento e transferência da documentação”.
Marinho, pelo contrato ainda vigente com o Vitória, ganha salário mensal de R$ 200 mil. A oferta chinesa seria de um salário cerca de quatro vezes maior. O Vitória, no decorrer das negociações, apresentou duas propostas: uma era propor um reajuste salarial a Marinho, o que, segundo Sinval Vieira, diretor de futebol, era um “aumento substancial”; a outra era Marinho pagar a multa e sair.
O atacante não se interessou pelo aumento, bateu pé firme que queria sair e declarou: “Tive um ano maravilhoso. Vou levar para o resto da vida. Mas estou fechando um ciclo. A proposta que eu tive é totalmente surreal para o Brasil. O Vitória fez a contraproposta, mas não chega nem perto. É a minha vida que tenho que seguir, minha família que eu carrego. Tudo isso pesa”.
Marinho deixa o Vitória após defendê-lo por um ano. Foi campeão e eleito o melhor jogador do Campeonato Baiano de 2016. Em toda a temporada, fez 41 partidas e 21 gols. (As informações do A Tarde)
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