sexta-feira, 13 de abril de 2018

AUSTRALIANO DIZIA QUE VEIO AO BRASIL FUGINDO APÓS TESTEMUNHAR CRIME

Christopher John Gott, de 63 anos, foragido da Austrália há mais de 20 anos por pedofilia, contava no Brasil que tinha deixado seu país de origem fugindo depois de testemunhar um crime e passar a ser perseguido. Segundo O Globo, ele tinha dois filhos adotados no Brasil e costumava ser discreto ao falar de seu passado na Austrália, sem dar mais detalhes sobre o crime que teria testemunhado. Gott foi atropelado no calçadão de Copacabana em janeiro deste ano e está em coma desde então.

Como usava documentos falsos no Brasil, Gott não adotou os filhos formalmente. Desde o dia do acidente, quando Gott e outras 17 pessoas foram atropeladas, com um bebê morrendo, a polícia já desconviava da situação do australiano no Brasil. Inicialmente, foi divulgado que ele era um turista. Mas depois o consulado da Austrália analisou o passaporte de Gott, que usava outro nome, e concluíram que não era verdadeiro. Os policiais foram ao Hospital Miguel Couto, onde ele está internado, e colheram suas digitais. Com isso, acabaram descobrindo sua verdadeira identidade e seu status de foragido.

Um dos filhos de Gott no Brasil preferiu não falar muito sobre o assunto e disse que a família ainda está tentando entender o que está acontecendo. "É uma situação muito nova".

Fuga
Na época do atropelamento, ele foi identificado como Daniel Marcos Philip, 68 anos, mas se trata na verdade de Christopher John Gott. Ele foi condenado a seis anos de prisão por 17 acusações de agressão sexual, incluindo o estupro de dois adolescentes de 14 e 16 anos.

Gott foi identificado depoiis de ter as digitais coletadas, segundo o jornal. Na época do acidente, a polícia do Rio informou inicialmente que ele era um turista australiano. Depois, foi informado pelo consulado que era um cidadão que morava há cerca de 20 anos. Ele deu entrada no hospital com a xérox de um passaporte australiano emitido em 2010. O australiano segue internado em estado grave no Hospital Miguel Couto.

Ele sofreu traumatismo craniano e estpa em coma. Gott era professor de ensino médio de Darwin, uma cidade australiano, até 1994, quando foi preso pelas denúncias de abuso sexual. Ele foi condenado e fugiu dois anos depois, quando recebeu a liberdade condicional.

O acidente no Rio de Janeiro aconteceu no dia 18 de janeiro à noite, na Avenida Atlântica. Um bebê de oito meses morreu e 17 pessoas ficaram feridas depois que um carro desgovernado invadiu o calçadão. O motorista alegou em depoimento que sofreu um ataque epilético.

A Polícia Federal informou a O Globo que está em contato com as autoridades australianas sobre o caso do foragido. (As informações do Correio)

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