Principal apoiador da campanha à reeleição do prefeito ACM Neto (DEM), o ministro da Secretaria Geral de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), disse ontem, durante a assinatura de contratos da primeira etapa do BRT com o município, que o governo federal "está de portas escancaradas" para cooperar com a administração do democrata.
O BRT de Salvador foi um compromisso assumido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) três anos antes de ela sofrer o impeachment, em agosto passado. Mas Geddel afirmou que o apoio do governo Michel Temer ao prefeito não se deve apenas ao alinhamento político. "É pela qualidade da gestão dele e pela certeza de que serão apresentados novos projetos, que vão mudar a realidade da cidade e que são merecedores de apoio do governo federal" , informou o ministro.
Mesmo alegando que não gostaria de politizar o fato, ACM Neto disse que não poderia negar que Geddel em Brasília, como ministro, conseguiu resolver em três meses a liberação dos recursos. "A ex-presidente esteve aqui (em Salvador), prometeu e não aconteceu. Agora é contrato, está assinado e os recursos assegurados", assinalou o prefeito, após assinar contrato com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 408 milhões.
Humildade - Indagado por jornalistas se o governo Michel Temer também estaria de portas abertas para ajudar o governo da Bahia, o ministro sugeriu ao governador Rui Costa (PT) baixar o tom das críticas ao governo federal e deixar de lado a tese de que foi um golpe que depôs Dilma.
"O que tenho dito é recomendar humildade ao governador Rui Costa. Quem quer diálogo tem que se propor ao diálogo. Se o governador continuar nesse mi-mi-mi, ficar tratando os interesses do estado abaixo dos interesses políticos, com esse discurso bobo de golpe contra um governo que tem legitimidade e que está amparado pela Constituição, então, evidentemente, que isso dificultará o diálogo", disse Geddel.
Procurado por A TARDE, o governador Rui Costa informou, por meio de sua assessoria, que não iria se manifestar sobre as declarações do ministro. Sobre a acusação do Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem Geddel foi ministro da Integração Nacional, o peemedebista disse que o governo viu com "tranquilidade".
"É um momento que o ex-presidente Lula atravessa, mas não cabe ao governo federal comentar. É um assunto dele com o Ministério Público", disse. (As informações do Estadão)
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