O Leão estava meio borocoxô. O Esquadrão, com o peito todo estufado. Este foi o cenário da antologia Ba-Vi-2017 desde a consolidação do triunfo tricolor na semifinal do Nordestão até a metade do segundo tempo do jogo desta quarta-feira, 4, na Fonte Nova, pela ida da decisão do Campeonato Baiano.
Foi quando o Vitória acordou, buscou o empate por 1 a 1 e manteve sua vantagem na luta pelo título. No retorno, neste domingo, no Barradão, uma nova igualdade dá a taça ao time. O Bahia será campeão com qualquer triunfo.
O jogo - Como era esperado diante da situação do rival – abalado pela eliminação na Copa do Nordeste e com o técnico interino Wesley Carvalho no comando (além dos desfalques de Kieza e André Lima) – o Bahia se mostrou um time bem superior em organização. Mais “móvel”, como definiu o próprio treinador Guto Ferreira, sem um centroavante de ofício, o Tricolor desfilava entre as linhas de defesa e meio do Leão.
No entanto, falhava no fim das jogadas e pouco levava perigo. Do outro lado, o Vitória assustou em tentativa de gol olímpico de Cleiton Xavier, aos cinco minutos. Jean salvou. Resumiu-se a isso a produção da claramente abatida equipe no tempo inicial.
Aos 14, Fernando Miguel se atrapalhou ao tentar afastar a bola, ela bateu em Zé Rafael e quase entrou. Um minuto depois, Edigar Junio chutou com desvio e assustou. Aos 20, o mesmo Edigar pegou outra sobra, desta vez livre, mas errou feio na finalização e perdeu grande chance. A conclusão cruzada de Régis, aos 27, não encontrou nenhum pé artilheiro para completar à rede.
Com o Vitória recuado, todo posicionado na maioria das vezes da intermediária defensiva para trás, o gol tricolor de abertura do placar parecia questão de tempo. E foi. Aos 33, Régis cruzou em cobrança de falta e Tiago testou para o fundo da meta. A bola ainda bateu no rubro-negro Alan Costa antes de entrar.
Além do amplo domínio do Bahia, marcou o primeiro tempo a quase completa ausência de confusões, tônica dos Ba-Vis anteriores. Só um princípio de desentendimento ocorreu no apito final. Porém, com a nova regra, os jogadores de cada de time tiveram de ir separados aos vestiários e o clima quente logo se dissipou.
Na etapa complementar, o Esquadrão, que parecia ter mais chance de ampliar do que de ser ameaçado, deixou o ritmo cair. E as trocas dos meias Régis e Zé Rafael por Gustavo e Juninho fizeram a equipe involuir ainda mais. Já o Leão demorou a acordar, mas o fez a partir dos 23 minutos, quando não empatou por detalhes em uma incrível blitz. Eduardo salvou em cima da linha um chute de Patric e, no rebote, Paulinho cruzou para cabeçada de Paulinho no travessão.
Em ação acertada de Wesley Carvalho, o esquecido centroavante Rafaelson entrou em campo e o Vitória passou a ter mais força ofensiva, sempre com várias opções na área de ataque. O prêmio veio aos 31 minutos, quando Patric ganhou dividida com Lucas Fonseca e finalizou. A bola bateu em Jean e Armero, que marcou seu primeiro gol com a camisa do Bahia... contra. Nem a expulsão de Uillian Correia, aos 42, ajudou o Tricolor a se reerguer em campo para tentar pular na frente de novo.
Antídoto perfeito para a doença que acometeu o ambiente rubro-negro após a queda diante do rival na Copa do Nordeste. Mas a reviravolta só será completa com a conquista do título no Barradão. (As informações do A Tarde)
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