O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi acusado de ter "pleno conhecimento" sobre os acordos de propinas que ocorreram durante seu governo e que "detinha o comando de tudo". A afirmação foi realizada nesta sexta (5) pelo ex-diretor da Petrobras, Renato Duque. Duque acusou Lula de ter recomendado que destruísse qualquer evidência da propina recebida por petistas fora do Brasil no Petrolão. O ex-diretor ainda relatou três encontros com o ex-presidente, entre 2014 e 2015, enquanto os dois já haviam deixado os cargos do governo.
Duque fez um acordo de delação e contou as informações para o juiz federal relator da Lava Jato na primeira instância, Sérgio Moro. De acordo com informações do G1, a força-tarefa aponta que Duque teria sido indicado pelo PT para a diretoria de Serviços, área responsável por grande parte da propina de contratos da Petrobras para o partido. Duque falou pela primeira vez sobre seu papel na estatal nesta sexta (5).
Sobre os encontros com Lula em 2012, 2013 e 2014, Duque afirmou que "ficou claro que ele tinha o pleno conhecimento de tudo e detinha o comando'. Os advogados de Lula argumentam que o depoimento de Duque é uma tentativa de fabricar acusações ao ex-presidente. "Como não conseguiram produzir nenhuma prova das denúncias levianas contra o ex-presidente, depois de dois anos de investigações, quebra de sigilos e violação de telefonemas, restou aos acusadores de Lula apelar para a fabricação de depoimentos mentirosos", disse a defesa. Duque foi condenado a mais de 50 anos de prisão em quatro ações da Lava Jato e é reu em outros seis processos da força-tarefa. (As informações do Estadão)
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