O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) abriu uma editora dois dias antes de ser preso, em outubro do ano passado, no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ele criou, com capital de R$ 90 mil, a “Eduardo Cunha Atividades Intelectuais”, cuja atividade principal é a “edição de livros”. Ele começou a conversar com editoras logo após a cassação, em setembro do ano passado, para publicação de um livro que iria “abalar a República”.
A expectativa do peemedebista e de aliados era de que o livro se tornasse best-seller. De acordo com o registro da Receita Federal, a empresa tem sede no endereço do escritório de Cunha, situado no centro do Rio de Janeiro, no edifício De Paoli, 32º andar. Delatores da Odebrecht afirmam que foi feito no local o acerto para o pagamento de propina de US$ 40 milhões ao PMDB, em troca de um contrato internacional da Petrobras, em 2010.
A empresa é do tipo Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), que permite a separação entre o patrimônio empresarial e privado. Dessa forma, segundo a Sebrae, caso a companhia contraia dívidas, apenas o patrimônio social da empresa é utilizado para quitá-las. O dispositivo não é aplicado em casos de fraude.
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