O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, decidiu na manhã desta quarta-feira, 3, que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), use uma tornozeleira eletrônica ao deixar a prisão. O petista não sair da cidade de seu domicilio, no município de Vinhedo, em São Paulo.
"Considerando que José Dirceu já está condenado a penas totais de cerca de trinta e dois anos e um mês de reclusão, há um natural receio de que, colocado em liberdade, venha a furtar-se da aplicação da lei penal", disse Moro no despacho da ordem. Para o juiz, "a prudência recomenda então a sua submissão à vigilância eletrônica e que tenha seus deslocamentos controlados".
A ordem de soltura para Dirceu foi tomada na tarde desta terça-feira, 2, depois que a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a prisão preventiva do ex-ministro. Dirceu está detido em Curitiba desde agosto de 2015.
Críticas - A decisão do STF de soltar Dirceu foi recebida com críticas em Curitiba, onde fica a força-tarefa da Operação Lava Jato. O procurador regional da República, Carlos Fernando dos Santos Lima, disse que, "o que está acontecendo é a destruição lenta de uma investigação séria. Acreditam que a população não está mais atenta, talvez anestesiada pela extensão da corrupção", afirmou.
Redes sociais - O ministro do STF Gilmar Mendes, foi alvo nas redes sociais, depois de decidir pela liberdade de Dirceu. A hashtag #STFVergonhaNacional chegou ao topo do trending topics nacional. No Twitter, o movimento Vem Pra Rua disse que "Gilmar Mendes declarou guerra à Lava Jato". Houve também memes pedindo a renúncia de todos os ministros do Supremo. (As informações do ESTADÃO)
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