sexta-feira, 28 de março de 2008

Pimenta contra a Dengue

A dengue no Brasil ganha um novo inimigo, um larvicida desenvolvido pela Fio Cruz a partir da pimenta. Esse novo produto natural pode de alguma forma, amenizar o sofrimento das pessoas não só no Rio, Estado cuja população sofre com epidemia, mas também os outros Estados.

O curioso, é que o produto foi desenvolvido a partir de uma planta da Mata Atlântica da família das pimentas chamada Piper solmsianum e, atua na larva e não no mosquito transmissor.

Segundo os pesquisadores, o novo larvicida passará ainda pelo teste de campo e só vai estar disponível para uso em grande escala daqui a quatro anos. A vantagem, é que o novo produto não agride a Natureza e elimina de verdade as larvas, potenciais mosquito transmissores.

Por enquanto as únicas saídas, para a população, são os repelentes e inseticidas que não resolvem nada, apenas suaviza. Como são tóxicos criam dependência e mal estar.

O que é espantoso, é ver o povo suportar a inércia do Estado, o joguinho político de engana bobo, os hospitais lotados as pessoas doentes jogadas nas macas e, muitas delas, no chão nos corredores.

A falta de compromisso daqueles que foram eleitos por esse mesmo povo, mostra o quão somos passivos e não nos movemos para exigir aquilo que é um dever do Estado e um direito do cidadão: O tratamento da saúde com qualidade.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Fraudadores da Parmalat sentam no banco dos réus


O maior julgamento do século! É como está sendo chamado o julgamento de Calisto Tanzi e mais 55 ex-dirigentes da Parmalat naquele que é considerado um dos maiores escândalos financeiros da Europa. Todos são acusados pela falência fraudulenta do grupo e de terem lesado em 150 mil euros dezenas de pequenos acionistas em mais de 30 países.

Fundada na década de 60, por Tanzi, a Parmalat se tornou em pouco tempo, exemplo de sucesso impulsionado pela dinâmica da globalização liberal, e pelos generosos subsídios da União Européia. Na década de 90, chegou a colocar ações na Bolsa de Valores, firmando-se como o sétimo grupo privado da Itália e ocupando o primeiro lugar mundial no mercado de leite de longa vida.

Chegou a ter no seu quadro funcional algo em torno de 37 mil funcionários em mais de 30 países e o seu faturamento chegou, em 2002, a $7,6 bilhões de euros (cerca de 27 bilhões de reais). Em novembro de 2003 o endividamento da Parmalat chegou a cifra de $11 bilhões de euros! O que provocou em poucos dias a quebra de mais de 115 mil investidores e pequenos poupadores, que foram enganados, alguns deles, arruinados.

O escândalo ganha o mundo e se descobre que foi deliberadamente dissimulado, por vários anos, por meio de um sistema fraudulento com base em desvios contábeis, orçamentos falsos, documentos falsificados, lucros fictícios e complexas pirâmides de empresas offshore, umas vinculadas às outras de modo a tornar impossível detectar a origem do dinheiro e a análise das contas.

Hoje a Parmalat está reestruturada e, só no ano passado apresentou um lucro líquido de $673,4 milhões de euros. Numa prova que a atividade dispõe de um mercado consistente que não justifica a falência declarada há cinco anos.