A distribuição de doses de vacinas BCG, que previne a tuberculose, foi feita em quantitativo reduzido pelo Ministério da Saúde (MS) no mês de abril. A pasta ainda recomendou aos gestores municipais de saúde "o uso racional do imunobiológico".
Esta não foi a primeira vez que houve comprometimento na quantidade de vacinas. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o problema "tem ocorrido em períodos pontuais". O órgão estadual sinalizou que a situação ocorreu também em agosto de 2016, agosto e setembro de 2017, janeiro de 2018 e em fevereiro e abril deste ano. "Essa descontinuidade afeta a rotina, requerendo estratégias locais para minimizar as repercussões no nível local", acrescentou a Sesab em nota à reportagem.
A Secretaria de Saúde apontou ainda que, entre as justificativas dadas pelo governo ao "desabastecimento registrado nos últimos anos", está a diminuição da produção da vacina em nível mundial pelos laboratórios produtores, associado ao tempo de liberação por parte da Anvisa.
"Os problemas encontrados com a vacina BCG têm sido conversados com o Ministério da Saúde e Central Nacional de Distribuição, que tem reconhecido e buscado minimizar os problemas enfrentados", informou a Sesab.
O Ministério da Saúde informou admitiu a redução da quantidade de vacinas BGC distribuídas e explicou que o fato se deu em decorrência de um problema na temperatura a que as doses foram expostas durante o transporte e que acabou exigindo uma revisão documentação e uma análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) para liberação do uso.
A respeito da recomendação para o uso racional das vacinas, o ministério explicou que a necessidade se dá em virtude do prazo de validade das substâncias, que após o preparo é de cerca de seis horas. Por isso, a sugestão da pasta foi de que os gestores adotem estratégias de agendamento do público-alvo.
Quanto ao número de vacinas encaminhadas a Bahia há discrepância em relação aos números informados pelo Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual. O MS apontou que neste ano, foram enviadas 2,5 milhões de doses para todo o país, sendo 251,1 mil destinadas para a Bahia. Já a Sesab informou que o número de doses de vacinas BGC recebidas pelo estado em 2019 foi de 423.160. Apesar de admitir a redução do quantitativo de imunobiológico, os dois órgãos não especificaram nem forneceram dados que possibilitassem o cálculo do total reduzido. (As informações do BN)
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