O naufrágio de um bote na costa da Líbia deixou mais de 100 pessoas mortas. O acidente aconteceu no último dia 1º de setembro, mas só foi informado nesta terça-feira (11) pela organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Segundo a MSF, no dia 2 de setembro, os sobreviventes do naufrágio foram resgatados pela Guarda Costeira líbia e levados a um centro de atendimento da ONG em Khoms, a leste de Trípoli. Um total de 276 pessoas, inclusive os sobreviventes, foram encaminhados ao abrigo onde recebem assistência médica urgente.
Segundo informações publicadas no site de notícias G1, o acidente aconteceu quando um dos lotados botes infláveis que saíram ao mesmo tempo perdeu ar e começou a afundar.
A cidade de Khoms é conhecida por ser um dos principais núcleos das máfias do tráfico de pessoas nos arredores de Trípoli. A faixa litorânea que liga Trípoli e a fronteira com a Tunísia, se tornou um território dominado pelas máfias de tráfico de imigrantes nos últimos anos.
Rota central do Mediterrâneo
Dados da Organização Internacional de Migrações (OIM), vinculada à ONU, mostram que ao menos 171.635 imigrantes ilegais conseguiram chegar à Europa no ano passado, enquanto 3.116 desapareceram no mar.
No início de 2018, estima-se que cerca de 21 mil conseguiram atravessar a chamada rota central do Mediterrâneo, que parte da Líbia e da Tunísia rumo a Itália e Malta, e mais de já 1.100 morreram na travessia.
Os navios de resgate coordenados por ONGs internacionais foram obrigados a se retirar da rota, devido aos assédios que vinha sofrendo da Guarda Costeira da Líbia e à pressão da União Europeia e do governo italiano que se nega a receber mais imigrantes. (As informações do Correio)
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