Subiu para 832 o número de vítimas fatais na Indonésia, devastada pelo terremoto de magnitude 7,5 e que gerou um tsunami na sexta-feira (28). De acordo com as autoridades locais, o número de mortos número pode subir consideravelmente, pois ainda há dezenas de pessoas desaparecidas e mais de 500 feridos, em estado grave na maior parte. O Ministério das Relações Exteriores disse que, por enquanto, não há informações de brasileiros entre as vítimas.
Na manhã deste domingo (30), o presidente, Joko Widodo, fez uma visita nas áreas mais afetadas da ilha de Célebes. Ele chegou ao aeroporto de Palu logo depois que o complexo reabriu para voos comerciais. “Quero ver eu mesmo e assegurar-me de que a resposta ao impacto do terremoto e do tsunami em Célebes Central chega a todos nossos irmãos. Peço a todo o país que reze por eles”, escreveu Widodo no twitter.
Mais de 16,7 mil pessoas estão desalojadas, segundo a Agência Nacional de Gestão de Desastres do país. Nas redes sociais circulam vídeos mostrando a chegada de uma onda gigante na costa de Palu, carregando carros e estruturas de madeira antes de atingir as paredes de um shopping e de uma mesquita. Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da agência, confirmou ter visto diversos vídeos.
Entre os mortos está um controlador de tráfego aéreo de 21 anos que permaneceu em seu posto no momento do terremoto para garantir que um avião de passageiros prestes a decolar seguisse viagem em segurança. Segundo autoridades do setor de aviação, Anthonius Gunawan Agung saltou da torre de controle de tráfego aéreo quando a estrutura começou a ruir, mas não resistiu aos ferimentos e morreu neste sábado (29).
Oficiais do governo em Palu disseram à mídia local que as ondas atingiram o segundo andar do prédio. Segundo Nugroho, o mar subiu até três metros em algumas áreas.
Esse foi um dos piores tsunamis a atingir o país desde 2004, quando um terremoto na costa oeste de Sumatra gerou ondas que provocaram a morte de aproximadamente 228 mil pessoas em todo o Oceano Índico, a maior parte delas na Indonésia.
O desastre de sexta-feira segue uma série de terremotos e erupções vulcânicas ocorridas nos últimos meses que tem atraído a atenção da mídia para as dificuldades do governo em atrair mais turistas para o país.
O presidente Joko Widodo quer elevar o número de visitantes estrangeiros no país em 47% no próximo ano, para 20 milhões. A intenção é se aproximar de países vizinhos como Tailândia, Cingapura e Malásia, que são mais frequentados pelos turistas. Essa indústria, que movimenta US$ 20 bilhões por ano, já é a maior fonte de entrada de recursos estrangeiros da ilha e uma fonte significativa de emprego para o país de 250 milhões de pessoas. (As informações das Agências)
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