O candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, declarou que, se eleito, pretende criar uma força-tarefa de segurança para atuar nas 150 cidades com os maiores índices de homicídios no Brasil. Em entrevista ao Jornal da Globo, o tucano defendeu ainda a aliança com o Centrão e reiterou que, se dependesse dele, o partido não teria feito parte do governo do presidente Michel Temer (MDB).
No programa, Alckmin reiterou a promessa de criar uma agência nacional de inteligência para unificar e para federalizar o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas e armas, e também de criar uma guarda nacional. "Vou pegar as 150 cidades mais perigosas, com os maiores indicadores de assassinatos e criminalidade, e vou fazer uma força-tarefa para, no ano que vem, atuar nessas cidades", disse o ex-governador de São Paulo.
Alckmin também voltou a dizer que, caso eleito, encaminhará as reformas política, da Previdência, tributária e do Estado nos primeiros seis meses e avaliou que o governo do presidente Michel Temer não conseguiu aprovar as reformas porque não tinha legitimidade do voto.
Autocrítica.
Questionado se, dado o número de correligionários acusados de envolvimento em esquemas de corrupção, era possível realizar uma autocrítica, Alckmin desconversou, dizendo que todos precisam responder à Justiça. Ele reclamou ainda do que seria uma tendência a jogar os políticos todos na mesma "vala comum". "Moro no mesmo apartamento há 30 anos, abri mão de aposentadoria de deputado estadual e federal, a única coisa que herdei do meu pai foi a vida modesta", se defendeu.
O tucano disse, por outro lado, ter gostado da entrevista do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ao Estado, concedida na semana passada, em que este disse, entre outras coisas, ter sido um erro contestar a vitória de Dilma Rousseff em 2014, ter votado contra medidas econômicas positivas apenas porque eram oposição à época e ter feito parte do governo de Temer.
Alckmin lembrou que foi um dos caciques do partido que sempre se colocou contra o ingresso no governo Temer, mas rechaçou ter votado contra medidas econômicas importantes. "O PT é um partido sem limite, não tem como querer colocar a responsabilidade do desastre sobre o PSDB", defendeu.
O ex-governador de São Paulo ainda defendeu a aliança com os partidos do Centrão e disse se sentir preparado para o desafio do próximo governo. "Fico preocupado de ver o Brasil ir para os extremos. Ninguém está convidando ninguém para um banquete. Quem ganhar a eleição, é subir a rampa em dia de chuva com lata na cabeça, não vai ser fácil", avaliou. (As informações do Estadão)
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