terça-feira, 13 de novembro de 2018

HOMEM É PRESO EM SALVADOR EM OPERAÇÃO QUE INVESTIGA FRAUDE DE QUASE R$ 400 MI

Uma pessoa foi presa e cinco mandados de busca cumpridos em Salvador durante a Operação Espelho, deflagrada pela Receita Federal e Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira, 13, na capital baiana e na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O objetivo da ação era desarticular um esquema de fraudes em importações, identificado no aeroporto internacional de Salvador, que pode ter gerado um prejuízo de R$ 400 milhões.

Segundo informações da Receita, a prisão foi realizada no bairro do Stiep, após uma das pessoas investigadas ser localizada com uma arma sem registro. Já os mandados de busca foram cumpridos em empresas e residências no Caminho das Árvores, Brotas, Canabrava e Lobato, onde também foram apreendidos documentos, computadores e mídias.

Já em Belo Horizonte foram cumpridos dois mandados de busca e apreendidos equipamentos óticos que não possuíam comprovação de importação regular. No total, a ação contou com a participação de 30 policiais federais e 16 servidores da Receita.

Segundo a PF, as investigações começaram em junho de 2017, quando a Receita apreendeu uma carga no aeroporto internacional de Salvador, proveniente de Miami (EUA). Apesar dos documentos de importação apontarem que a carga contava com máquinas cortadeiras domésticas, ela continha celulares, aparelhos oftalmológicos, drones, óculos, equipamentos eletrônicos e vinhos, cujo valor total ultrapassava R$ 10 milhões.

“Além da falsidade quanto ao conteúdo da carga, verificou-se também que os verdadeiros importadores eram diversos da empresa declarada, a qual, suspeita-se, além daquela operação, teria sido utilizada para acobertar diversas outras importações fraudulentas, cujos valores podem chegar próximo dos R$ 400 milhões”, explicou a PF, em nota. (As informações do Estadão)

Após a instauração de um inquérito, foi possível identificar os empresários, contadores e despachantes que teriam participado do esquema, que são os alvos da operação. A suspeita é que os investigados também tenham agido de forma semelhante em outros estados.

As pessoas investigadas podem responder pelos crimes de descaminho por via aérea, falsidade ideológica e participação em organização criminosa, cujas penas ultrapassam 20 anos de prisão.

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