sexta-feira, 23 de novembro de 2018

LAVA JATO INVESTIGA SUPERFATURAMENTO NA CONSTRUÇÃO DA NOVA SEDE DA PETROBRAS EM SALVADOR

A Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal realizam desde as primeiras horas desta sexta-feira, 23, mais uma fase da Operação Lava Jato na Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. De acordo com a PF, esta etapa investiga superfaturamento na construção da nova sede da Petrobras, no bairro do Itaigara, em Salvador.

Em nota, a PF informou, além da irregularidade na execução da construção do edifício, "os contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia foram superfaturados e direcionados para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobras e dirigentes da Petros, além de terceiros com eles mancomunados. Tudo isso em prejuízo à estatal e ao fundo de pensão investidor".

O órgão de investigação informou ainda que "ocorre que, com o direcionamento da execução das obras a uma empresa ligada a outras duas grandes empreiteiras já conhecidas da Lava Jato, o valor da execução ficou bem acima do que deveria, assim como o valor de aluguel a ser pago também".

Até o momento, seis pessoas foram presas em São Paulo. Os detidos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), que gerencia a operação intitulada de "Sem fundos". Ao todo, são cumpridos 68 mandados de busca e apreensão, 14 de prisão temporária e oito de prisão preventiva.

Lauro de Freitas

Na Bahia, os policiais estão em um village em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Os agentes, que saíram por volta das 5h30 da sede da PF em Águas de Meninos, na capital baiana, fazem buscas em um imóvel no local.

A ação desta sexta faz parte da 56ª fase da Lava Jato. Cerca de 100 policiais atuam no desdobramento desta nova etapa, que reprime "a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa".

Ainda conforme a PF, "os investigados direcionavam parte dos recursos obtidos desses valores a maior para pagamento das propinas, utilizando de artifícios para ocultar e dissimular a origem e destino desses montantes". (As informações do Estadão)

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