O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, o general da ativa Richard Nunes, disse que a Polícia Civil já identificou alguns dos participantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). A edil foi executada a tiros no centro da capital fluminense, no dia 14 de maio, e o crime tirou ainda a vida de seu motorista, Anderson Gomes.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, Nunes explica que a polícia ainda não fez nenhuma prisão a fim de evitar que outros envolvidos escapem. O objetivo deles é capturar todos de uma só vez, com um inquérito que torne difícil para os acusados escaparem de uma condenação no tribunal. Assim, a meta é entregar o caso solucionado até o dia 31 de dezembro, quando se encerra a intervenção federal no estado.
"Não podemos ser precipitados. No momento que prende um, não prende os demais. Alguns participantes nós temos. Temos que criar uma narrativa consistente com provas cabais que não sejam contestadas em juízo. Seria um fracasso que a sociedade não observasse essas pessoas como criminosas e elas não fossem condenadas no tribunal do júri", declarou o general em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (22).
Nunes afirmou também que já foi confirmada a participação de grupos milicianos no crime. Além disso, ele adiantou que "provavelmente" tem político envolvido na morte da vereadora.
"Não é um crime de ódio. É um crime que tem a ver com a atuação política e a contrariedade de alguns interesses. Se a milícia não está a mando, está na execução", ressaltou.
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