Diante do resultado das eleições deste ano, em que a bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) se apequenou, o prefeito ACM Neto (DEM) promete um maior envolvimento já no pleito de 2020. A próxima eleição vai eleger prefeitos e vereadores, mas o democrata não vai disputar cargos eletivos, pois estará no fim de seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Salvador.
“Vai chegar em 2020 e eu vou participar ativamente de todas as eleições no interior, coisa que eu não pude fazer em 2016”, declarou. “Eu já comecei a trabalhar internamente aqui, desenhei um planejamento estratégico para as ações políticas nossas na Bahia. Vamos trabalhar com técnica, organização e antecedência. Eu, a partir de agora, passo a ter uma condição que eu não tinha até então. Quando cheguei à prefeitura, eu tinha que ser 100% focado em organizar a gestão”, explica o prefeito.
Mesmo com seu alto índice de aprovação — Neto foi reeleito prefeito de Salvador com 73,99% dos votos, o democrata acredita que a transferência de capital político para seu futuro sucessor é “muito relativa”. Ele lembra que, além de transferir aprovação, em muitos casos se transfere também os níveis de rejeição do político, o que dificulta a definição de um prognóstico.
“Nós vamos ter que construir um bom candidato, que seja desejado pela cidade, que tenha a cara de Salvador, que tenha o jeito de Salvador”, afirma. O prefeito salienta que esse nome ainda não foi decidido, mas exalta o perfil de seu vice, Bruno Reis (DEM), como alguém que possui “articulação política e capacidade administrativa comprovadas”.
Quanto a constante troca de farpas com o governador Rui Costa (PT), ACM Neto diz que deseja uma melhora no relacionamento com o opositor, mas, antes disso, criticou a atuação do governo do estado em relação à obra do Bus Rapid Transit (BRT). De acordo com o democrata, enquanto ele foi um facilitador na execução do projeto do metrô, Rui usou o Inema para embargar a construção do novo modal.
“Felizmente nós conseguimos ganhar na justiça, mas nós poderíamos estar correndo um sério risco de ter uma obra paralisada daqui a poucos dias. Então, infelizmente, eles não conseguem compreender que a prefeitura é um poder autônomo, independente e que o prefeito não é um empregado do Governo do Estado, não é um secretário do governador”, ressalta.
Ao longo da entrevista, Neto voltou a falar ainda sobre sua decisão de não disputar a eleição estadual e seus planos para o futuro, quando ficará sem mandato a partir de 2021. (As informações do BN)
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