A baixa da cotação do barril do petróleo em 2016 para a casa dos US$ 30, depois de valer mais de US$ 100, contribuiu para redesenhar o mapa da economia naquele ano. Municípios que têm economia atrelada à produção de petróleo perderam importância, em contrapartida ganharam aqueles relacionados ao refino, que usa o petróleo como insumo, ao agronegócio e também à administração pública, que ganhou relevância com o enfraquecimento de outras atividades.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o PIB dos Municípios de 2016 nesta sexta-feira, 14. O estudo demonstra que São Paulo e o Rio de Janeiro perderam participação no PIB de 2002 a 2016. Juntas, as duas capitais representavam 19% da economia em 2002. Passados 14 anos, a participação era de 16,2%.
Além das capitais, também Campos dos Goytacazes (RJ), marcado pela extração de petróleo, e São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Campos (SP) apresentaram importante queda de participação. Já o maior ganho foi de Osasco (SP), por conta da atividade financeira, favorecida pela alta dos juros.
"Essa pesquisa mostra toda concentração regional da economia. Vinte e cinco municípios somam 37,7% da economia brasileira. É claro que 13 deles são capitais e 12 não são capitais mas estão concentrados em torno de São Paulo", afirma Frederico Cunha, gerente da coordenação de Contas Nacionais do IBGE.
O ano de 2016 ainda chama atenção pelo efeito do comportamento dos preços na economia, segundo o IBGE. "O resultado econômico foi de queda para quase todas as unidades da federação. Mas, no PIB dos municípios, outros fatores influenciaram, como o preço do petróleo", ressalta Cunha. (As informações do Estadão)
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