Cerca de 200 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, neste sábado (16), por conta do risco de rompimento das barragens B3 e B4, da Mina Mar Azul, pertencente à Vale. A medida preventiva foi tomada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, depois que auditores da Defesa Civil fizeram a leitura da barragem e atestaram instabilidade. Segundo os moradores, a sirene soou por volta das 20h20 (horário de Brasília).
A estrutura tem aproximadamente 3 milhões de m³ de rejeito, mesmo modelo das de Brumadinho e de Mariana. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o plano de emergência prevê retirada de moradores de 49 casas do distrito de São Sebastião das Águas Claras, conhecido como Macacos, localizado a 25 quilômetros de Belo Horizonte.
Em nota, a mineradora informou que "a decisão é uma medida preventiva e se dá após a revisão dos dados dos relatórios de análise de empresas especializadas contratadas para assessorar a Vale. Cabe ressaltar que a estrutura está inativa e essa iniciativa tem caráter preventivo".
Os moradores estão sendo levados de ônibus e táxis para um centro comunitário e acomodadas em hotéis da região. Em entrevista ao G1, uma moradora disse que ninguém recebeu treinamento para situações de risco. "A última vez que a Vale veio aqui foi em outubro para apresentar um plano de emergência que eles tinham implementado em Brumadinho", disse Tatiana Santana, que vive em Macacos há cinco anos.
Segundo ela, mãe de um bebê de nove meses, está todo mundo desesperado. "Estamos desorientados aqui. Todo mundo querendo sair da cidade. Soubemos agora que a Vale tinha colocado sirene. Teve gente achando que era trote", contou. As barragens estão entre as dez que a Vale prometeu desativar. (As informações do Correio)
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