Com a retomada das obras do Eixo Norte da transposição do São Francisco (ver aqui), volta o debate sobre as condições do rio. O Eixo Norte atende os estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Segundo o senador Otto Alencar, muitos moradores desses estados não têm dimensão do que ocorre nos lugares onde o rio nasce e tem o maior leito.
"Eles veem as barragens de Sobradinho, Itaparica, Xingó, olham para aquele mundo de água, mas essa água está acabando, a vazão média tem diminuído, eles não têm dimensão da gravidade do que o rio está passando", disse Otto ao Bahia Notícias. Segundo o senador, é preciso iniciar a recuperação do rio. Os esforços, acrescenta, até agora foram insuficientes. "Já se fez alguma coisa, mas ainda é muito tímido. Em Minas Gerais e Bahia é preciso começar logo um forte trabalho de revitalização, que envolve replantio de matas ciliares, assoreamento, tratamento de esgoto", afirmou.
A condição ficou ainda mais problemática com o rompimento da barragem de Sobradinho, no final de janeiro. "A situação do rio está muito difícil, sobretudo depois de Brumadinho. Aqueles rejeitos todos entraram nos principais afluentes da margem direita do rio, como o Paraopebas. Este rio está praticamente morto. Todo leito dele está um lamaçal", lamentou. (As informações do BN)
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