O evento que mobiliza todas as partes do planeta colocará frente a frente neste domingo (15), às 12h, duas nações distintas. No estádio Lujniki, em Moscou, França e Croácia medem forças na grande final da Copa do Mundo.
De um lado, uma equipe em busca do segundo título mundial e que quer se redimir com os mais de 66 milhões de franceses após perder para Portugal a final da Eurocopa em casa, há dois anos. Do outro, um grupo que carrega o sonho de uma conquista inédita para um país com pouco mais de quatro milhões de habitantes.
Para uma das seleções, certa “injustiça” será inevitável ao final da partida diante de campanhas incríveis. Ambas chegam na decisão de forma invicta. A França foi primeira colocada no Grupo C com sete pontos, venceu Austrália e Peru por 2x1 e 1x0, respectivamente, e proporcionou o único 0x0 do torneio contra a Dinamarca. Apesar da primeira fase pouco convincente, mostrou sua força no mata-mata.
Contra a Argentina, nas oitavas, vitória por 4x3 em um show de Mbappé, autor de dois gols na partida, além de um pênalti sofrido. Contra a forte seleção uruguaia, venceu por 2x0 sem grandes sustos. Na semifinal, bateu a Bélgica por 1x0.
“Não há nada mais bonito nem mais forte do que estar em uma final de Copa do Mundo. Trabalhamos da melhor maneira possível para termos uma boa partida. Não há euforia aqui, mas estamos num nível de satisfação muito grande”, disse o técnico Didier Deschamps.
Ao contrário da França, a Croácia fez uma primeira fase irretocável. Venceu a Nigéria por 2x0, goleou a Argentina por 3x0 e bateu a Islândia por 2x1 para confirmar o 100% de aproveitamento. A seleção reservou toda a emoção e sofrimento para o mata-mata. A partir das oitavas, passou a enfrentar jogos de 120 minutos.
Contra a Dinamarca, empate por 1x1 no tempo normal e prorrogação e vaga assegurada nos pênaltis após três cobranças defendidas por Subasic, um dos destaques da equipe. Nas quartas, contra a anfitriã Rússia, novo empate por 1x1 no tempo normal e igualdade também na prorrogação, mas por 2x2. Os croatas fizeram 2x1 com Vida, mas Mário Fernandes empatou e levou a decisão da vaga novamente para os pênaltis. Subasic novamente foi o herói.
Na semifinal, o placar de 1x1 se repetiu diante dos ingleses, mas Mandzukic tratou de resolver no segundo tempo da prorrogação e evitar a terceira disputa por pênaltis consecutiva fazendo o gol do triunfo por 2x1 sobre a Inglaterra.
“Nós podemos fazer mais, nós queremos fazer nosso país orgulhoso. Os croatas deixaram de lado todos os problemas para celebrar a Copa e ficaram orgulhosos. Os fãs e as pessoas que estão no nosso país nos motivam muito. Espero que tenhamos 4 milhões de pessoas nas ruas da Croácia amanhã celebrando uma grande festa, talvez fazendo as celebrações que fazem no Brasil e na Argentina”, sonha o técnico Zlatko Dalic.
Coletivo é o que importa
Dois dos principais personagens da partida, o atacante francês Griezmann e o meia Luka Modric são fortes candidatos ao prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo e no caso do camisa 10 croata, campeão da Liga dos Campeões pelo Real Madrid este ano, há também a possibilidade de superar Messi e Cristiano Ronaldo na premiação de melhor do Mundo, algo que ele garante não estar pensando.
“Repeti várias vezes que estou focado apenas no sucesso da Croácia. Quando você é mencionado nesse contexto, é muito bom e um orgulho. Mas não me preocupo com isso. Quero que meu time ganhe a Copa do Mundo amanhã. O resto está fora do meu controle. Quero o sucesso do meu time. O individual não é minha prioridade”, afirmou.
Artilheiro da Eurocopa em que a França perdeu o título para Portugal na final, Griezmann usou o bom humor para falar a sua preferência. “Sendo o artilheiro (da Euro), perdemos, então, eu me disse: ‘Vou tentar fazer menos gols para ver a gente ganhar (risos)’. Se ganharmos, com ou sem Bola de Ouro, não me importo nem um pouco. Quero ganhar a Copa do Mundo e farei tudo em campo para conseguir”, destacou.
Deschamps não terá problemas para montar a equipe e deve colocar em campo a mesma escalação do jogo contra a Bélgica, formada por Lloris, Pavard, Varane, Umtiti e Hernández; Kanté, Matuidi e Pogba; Griezmann, Mbappé e Giroud.
Do lado croata, o meia Perisic que saiu da partida contra a Inglaterra sentindo dores na coxa chegou a ficar fora dos treinos da semana e ontem apareceu apenas correndo no campo na parte da atividade que foi aberta para a imprensa. No entanto, ainda que não esteja 100%, ele deve jogar, fazendo o técnico Dalic também repetir o time da semifinal que teve Subasic, Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic; Brozovic, Rakitic e Modric; Perisic, Rebic e Mandzukic. (As informações do Correio)
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