A Polícia Federal cumpre 14 mandados de prisão, sendo 9 temporárias e 5 preventivas, em mais um desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (13). As investigações dão conta de um esquema de superfaturamento e fraude na Secretaria de Administração Penitenciária do estado.
De acordo com informações do G1, a fraude era no fornecimento de pão para os detentos. Entre os procurados pela PF, o ex-secretário da Seap na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, o coronel César Rubens Monteiro de Carvalho, e o delegado Marcelo Martins, atual Diretor Geral de Polícia Especializada.
A investigação é sobre um período em que Marcelo Martins não ocupava esse cargo. Ele é suspeito de receber mesada no esquema de fraudes. O pai dele também receberia mesada, pois era sócio de uma casa de câmbio apontada como responsável por lavar dinheiro no esquema criminoso. Ainda segundo o G1, de acordo com informações iniciais, o delegado Marcelo Martins não foi encontrado em seu apartamento na Barra da Tijuca. Essa é a primeira vez que um policial civil deve ser preso na Lava Jato.
Também há mandado contra o empresário Felipe Paiva, sócio oculto da Iniciativa Primus. Ele também foi dono da empresa anterior que fazia o mesmo trabalho com a Seap, a Induspan. Ele ficou de 2001 a 2015 fornecendo pão para o governo.
Além da PF, atuam na operação agentes do Ministério Público Federal e também o Ministério Público Estadual que investigam, respectivamente, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção, além de peculato (se apropriar do dinheiro público) e fraude de licitação. De acordo com o MPF, foram desviados dos cofres públicos R$ 73 milhões.
Segundo o Tribunal de Contas do Estado, a Seap pagava duas vezes pelo pão que era fornecido aos presos. Um contrato era para o fornecimento do pão e outro para comprar os ingredientes. O projeto inicial previa a profissionalização dos presos, onde a Seap contratava uma organização sem fins lucrativos para gerir um projeto de padaria. (As informações das Agências)
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