Um jovem de 18 anos foi executado nesta quinta-feira (29), dentro do Hospital Municipal Ouro Negro, em Candeias, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Kelvisson Martins de Souza é suspeito de participar, na noite de quarta, do assalto a uma praça de pedágio no município, no qual um policial foi baleado na cabeça e um motorista morreu atropelado durante a fuga dos criminosos (veja aqui). Três pessoas estão envolvidas no roubo. Kelvisson foi socorrido após levar um tiro no braço e estava custodiado no hospital.
De acordo com testemunhas, quatro homens encapuzados invadiram o local e executaram o hospital na maca. Em entrevista ao Correio, a mãe de Kelvisson contou que a ação foi muito rápida. Por volta das 2h, dois policiais militares que estavam na porta do hospital para garantir a custódia do suspeito saíram da posição. Um deles atendeu a uma ligação no celular e, pouco depois, chamou o outro. "Um deles [dos PMs] já me dizia tanta coisa ruim, palavras que me machucavam em relação ao meu filho", disse a dona de casa, que não quis ter seu nome divulgado. Nesse momento, ela entrou para ver o filho. "Perguntei a ele: 'meu filho, o que foi isso? O que aconteceu com você pra ficar assim desse jeito?'. Ele olhou pra mim e disse: 'mãe, estava no posto de lavagem e só lembro que levei um tiro e mais nada'".
Poucos minutos depois, segundo ela, quatro homens armados e encapuzados ordenaram que ela saísse do quarto. Em seguida, foram ouvidos os disparos. "Não pude ajudar meu filho, não pude. Até tentei, mas uma moça me segurou para eu não morrer também", contou a mãe do jovem. A delegada Maria das Graças Barreiros, titular em exercício da 20ª Delegacia, afirmou que inicialmente a morte de Kelvisson está sendo apurada como queima de arquivo. "[Os suspeitos] usavam botinas e coletes à prova de balas, mas não posso dar mais detalhes da investigação", acrescentou a delegada.
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