Mohamed Camara, 17 anos, fez teste no Fazendão, cercado pela imprensa como se fosse uma revelação, contratada a peso de ouro. Ele ganhou visibilidade nacional após passar sete dias sem comer durante viagem clandestina em um navio de bandeira italiana, conseguiu nesta quarta-feira (19) realizar a primeira parte do sonho que o fez entrar na maior aventura de sua vida.
O teste Muito esforço e pouca qualidade. Assim pode ser resumido o primeiro teste do jovem de Guiné, país do leste da África. Mesmo com o fraco desempenho, ele volta a treinar hoje e amanhã. Segundo Newton Motta, superintendente da divisão de base, ele não é um perna-de-pau e, no primeiro treino foi muito discreto.
Camara se encontra sob a custódia da 1ª Vara da Infância e Juventude e aguarda decisão do Ministério da Justiça. Documentos dele, certidão de nascimento e carteira estudantil, foram enviados pela família e comprova a idade de 17 anos. O jovem fez ainda exame ósseo no IML, que apontou estrutura corporal de uma pessoa da idade.
A história do africano no futebol brasileiro, ainda que seja reprovado nos testes do tricolor, não vai terminar. Camara recebeu convite para treinar no Olé Futebol Clube, equipe de Ribeirão Preto, interior paulista. Fundado em 2006, Olé tem o objetivo de entrar no mercado do futebol. É controlado pelo grupo de empresas lideradas pelo empresário Manoel Leão, que também faz negócios na construção civil e no ramo de prestação de serviços, a exemplo de coleta de lixo.
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