terça-feira, 25 de setembro de 2012

SEM ACORDO ENTRE CORREIOS E TRABALHADORES, DISSÍDIO COLETIVO SERÁ JULGADO PELO TST

Os Correios e os representantes dos funcionários não chegaram a um consenso sobre o reajuste dos empregados, que estão em greve desde o dia 11 de setembro. Na segunda audiência de conciliação promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta terça-feira (25), a empresa aceitou dar um aumento de 5,2% para todos os trabalhadores, mas rejeitou o aumento linear de R$ 80, proposto pelo TST. Com a falta de acordo, o dissídio coletivo será julgado pelos ministros na próxima quinta-feira (27). Segundo empresa, o aumento linear de R$ 80 resultaria em um acréscimo na folha de pagamento de R$ 323 milhões por ano. O vice-presidente jurídico dos Correios, Jefferson Carús Guedes, disse que, além das questões financeiras, o aumento linear poderia gerar uma insatisfação para trabalhadores mais antigos e criar um desnível para categorias de nível técnico e superior, além de criar riscos judiciais. “Nossa proposta repõe aos trabalhadores o índice inflacionário e uma série de outros benefícios sociais, e o plano de saúde, que tem custo alto. Por isso o reajuste linear, que causa uma série de prejuízos aos próprios trabalhadores, não pode ser atendido”, ressaltou. A empresa se comprometeu a manter o plano de saúde oferecido aos trabalhadores como está, e qualquer alteração deverá ser feita em negociação coletiva com os empregados. Os Correios alegam que o plano deve sofrer alterações para se adaptar às regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e propõe que haja um plano alternativo para novos empregados, mas os trabalhadores querem manter as regras atuais para todos os funcionários. De acordo com a empresa, o custo com o plano de saúde este ano vai chegar a R$ 800 milhões, e teve incremento de 27% no número de beneficiários, que chegou a 400 mil pessoas. (As informações da Agência Brasil)

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