A temporada 2017 rendeu frutos para o Bahia. Além da conquista da Copa do Nordeste depois de 15 anos, a boa campanha no Campeonato Brasileiro valeu ao tricolor uma vaga na Copa Sul-Americana 2018. O retorno a uma competição internacional depois de dois anos garantiu ao clube um calendário intenso na próxima temporada. Ao todo, o Esquadrão vai disputar cinco competições, o que liga o sinal de alerta do departamento de preparação física.
Entre Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão, o Bahia pode fazer até 83 jogos no ano, 17 a mais do que os 66 da temporada passada. Enquanto isso, o tempo de preparação será bem curto porque 2018 é ano de Copa do Mundo - a pausa em junho levou a CBF a antecipar o início das competições. Com a apresentação marcada para o dia 3 de janeiro e o primeiro jogo oficial agendado para o dia 18, contra o Botafogo-PB, pelo Nordestão, a pré-temporada tricolor terá apenas 15 dias.
“A gente vai usar a estreia da Copa do Nordeste, os primeiros jogos do Baiano para evoluir as cargas pensando em março, abril, quando começam os mata-matas, as situações mais decisivas. O futebol é isso, o calendário não tem como você escolher um período e dar um pico, mas a todo momento tem que estar evoluindo o jogador”, explica o preparador físico Juninho, que volta ao clube junto com o técnico Guto Ferreira.
As primeiras duas missões do Esquadrão no primeiro semestre serão o Campeonato Baiano e a Copa do Nordeste. O tricolor se dividirá entre as terças e quintas na competição regional, enquanto os dias de quarta e domingo serão reservados ao estadual.
Juninho antecipa que a estratégia de fazer um rodízio de atletas entre as duas competições será mantida em 2018. “Você às vezes tem que sacrificar alguma coisa para alcançar os objetivos. O rodízio que a gente fez na fase inicial, a gente percebeu um time mais inteiro, principalmente nas finais da Copa do Nordeste. Quando um jogador vai batendo 60, 65 jogos, vai complicando. Então, você chegar no fim do ano com uma carga menor para os jogadores, isso pode ser decisivo”, explica, com uma ressalva: “O rodízio tem que ser bem elaborado, porque o jogador também precisa de ritmo de jogo, então não pode ser tão demorado”.
Nordestão em plena Copa do Mundo
Para amenizar a situação da equipe no primeiro semestre, o Bahia acabou beneficiado no sorteio da Copa Sul-Americana e só estreia na competição internacional no dia 11 de abril, quando o time já deve estar em melhor condição física. O local da partida também ajuda. O boliviano Blooming, primeiro adversário, é sediado em Santa Cruz de la Sierra, a apenas 416 metros de altitude, o que não exigirá um esforço extra dos atletas do ponto de vista fisiológico.
Outra folga na tabela fica por conta da Copa do Brasil. Com o título do Nordestão, o tricolor só entra no torneio na fase de oitavas de final, com estreia em abril ou maio. Já o Campeonato Brasileiro começará no dia 15 de abril.
A Copa do Mundo abre uma possibilidade de descanso, porém que não é desejado. Os jogos da Série A serão interrompidos no dia 14 de junho, data da abertura do Mundial da Rússia, e a previsão de retorno é para o dia 18 de julho. No entanto, as semifinais da Copa do Nordeste serão nos dias 19 e 26 de junho, com a final em 3 e 10 de julho. Tudo isso durante o Mundial.
Receitas
Se por um lado o Bahia terá mais jogos em 2018, por outro terá a garantia de mais receitas. Com aumento de 24% nas cotas da Copa do Nordeste, o tricolor já tem garantido na fase de grupos R$ 1 milhão. Caso conquiste o caneco, o total chegará a R$ 3,5 milhões.
Já pela Sul-Americana, o Esquadrão receberá 250 mil dólares (R$ 828 mil) pela participação na primeira fase. Os valores aumentam em cada etapa e o campeão pode acumular até R$ 14,2 milhões.
Na Copa do Brasil, o clube receberá R$ 2,4 milhões por disputar as oitavas de final. Apesar da garantia técnica de já entrar na quinta fase da competição, o valor é menor do que a soma das quatro fases anteriores (R$ 5,4 milhões). (As informações do Correio)
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