quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

GENERAL FRANKLIMBERG É NOMEADO PARA PRESIDÊNCIA DA FUNAI

O general do Exército Franklimberg Ribeiro de Freitas foi escolhido pelo governo Jair Bolsonaro para presidir a Fundação Nacional do Índio (Funai), segundo uma edição extra do Diário Oficial da União publicada na noite desta quarta-feira (16).

Franklimberg foi escolhido para ocupar o cargo pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que ficou responsável pelo órgão quando o atual governo decidiu tirar a fundação das atribuições do Ministério da Justiça.

Em nota divulgada pela Funai nesta quinta-feira (17), a fundação destacou que, durante a sua primeira gestão no governo do ex-presidente Michel Temer - entre maio de 2017 e abril de 2018 -, Franklimberg coordenou a elaboração de um parecer sobre projeto de lei que altera o Estatuto dos Povos Indígenas. À época, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) criticou a medida, destacando que a modificação acrescentaria ao estatuto, de 1973, a tese do marco temporal, segundo a qual os povos indígenas só teriam direito à demarcação das terras que estivessem sob sua posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

Ainda de acordo com a Funai, antes de presidi-la, Franklimberg coordenou em Roraima uma ação que visava a retirada de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami, em 2010 e 2012, e uma operação que permitiu a demarcação da Terra Indígena Kayabi, localizada no norte do Mato Grosso e sudoeste do Pará.

O general esteve à frente, entre 2012 e 2013, do Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia (CMA), ao qual esteve ligado também como Assessor Parlamentar e de Relações Institucionais do CMA.

POLÍTICA DA FUNAI

Criada em 1967, a Fundação Nacional do Índio (Funai) promove estudos de identificação, delimitação, demarcação, regularização fundiária e registro das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, além de atuar no monitoramento e fiscalização das terras indígenas.

Ainda cabe à Funai, estimular ações de etnodesenvolvimento, conservação e a recuperação do meio ambiente nas terras indígenas. Segundo a página oficial do órgão, a fundação também deve "atuar no controle e mitigação de possíveis impactos ambientais decorrentes de interferências externas às terras indígenas". (As informações do Estadão)

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