O presidente da mineradora Vale, Fabio Schvartsman, recorreu às redes sociais para se posicionar sobre o rompimento de uma das barragens da Mina do Feijão, no município Brumadinho, em Minas Gerais, nesta sexta-feira, 25. Com tom de extrema tristeza e de solidariedade às vítimas, o executivo ressaltou seu sofrimento com o acidente e pediu desculpa à população.
"Não tenho palavras para descrever o meu sofrimento, minha enorme tristeza, meu desapontamento com o que acaba de acontecer. É algo além, acima de qualquer coisa que eu pudesse imaginar. Quero dizer da minha solidariedade, que a Vale inteira vai fazer o que for possível para ajudar as pessoas atingidas. É algo que me dói a alma. Tudo o que eu não queria na minha vida é que algo do gênero acontecesse", afirmou, num vídeo de pouco menos de dois minutos, divulgado por volta das 19h. O Ministério de Minas de Energia informou ter tomado conhecimento do rompimento da barragem às 13h.
O pronunciamento do presidente da mineradora demonstra postura diferente da adotada há cerca de três anos, quando ocorreu o primeiro rompimento de barragem, o de Mariana, em Minas Gerais. Na época, a empresa foi muito atacada pela demora do então presidente da companhia, Murilo Ferreira, em se posicionar sobre o acidente. A mineradora também foi criticada por demonstrar mais preocupação com as repercussões jurídicas do rompimento do que com os prejuízos à população.
Dessa vez, no vídeo divulgado hoje, Schvartsman afirmou que a Vale estava tomando todas as providências técnicas necessárias para evitar que novo vazamento acontecesse e que os estragos provocados em Mariana se repetissem.
"A Vale é uma empresa muito séria. A gente fez um esforço imenso do ponto de vista de deixar nossas barragens na melhor condição possível. Usamos toda tecnologia, especialmente depois de Mariana. É uma lista infindável de ações que foram tomadas do ponto de vista de garantir a estabilidade e a segurança dessas barragens", disse.
Ao fim do vídeo, o executivo retomou o tom humanista e voltou a se desculpar com os atingidos e população em geral. "Infelizmente, o rompimento aconteceu. Isso é indesculpável, mas mesmo assim peço desculpas a todos os atingidos, a toda sociedade brasileira, e quero dizer que não mediremos esforços para enfrentar essa questão da forma como ela tem que ser enfrentada", complementou. (As informações do Estadão)
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