O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) voltou à carga esta semana nas articulações na Câmara em prol da aprovação, em segundo turno, da PEC 349, que institui a obrigatoriedade do voto aberto em todas as votações no Congresso Nacional. A proposta foi aprovada em primeiro turno no dia 5 de setembro de 2006 e desde então a sua tramitação não avança em direção ao plenário da Casa.
Um dos articuladores da Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto, Imbassahy disse que “democracia não combina com mistério, com coisa escondida”. Ele explicou que a instituição do voto aberto na Câmara dos Deputados e no Senado Federal não torna obrigatória a adoção do procedimento nas casas legislativas dos estados e municípios. De acordo com o tucano, as assembleias e câmaras municipais “têm autonomia” e são “soberanas” para decidir sobre o assunto.
Ainda de acordo com o parlamentar, a apreciação da proposta encontra fortes resistências por parte da base governista que, opina Imbassahy, de forma equivocada, ainda acredita que a votação de determinados temas careça de sigilo. Questionado se a resistência era observada em parlamentares governistas que integram a bancada baiana, o deputado foi taxativo: “Eu não noto isso. Estaria sendo hipócrita se dissesse que vejo”.
Na visão de Imbassahy, um eventual processo de cassação do mandato do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que ele considera "provável", seria uma boa oportunidade para a Câmara por em prática o novo modelo de votação, mais transparente. (As informações do Bahia Notícias)
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