A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (1º) uma operação para investigar a fraude no Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis), o fundo de pensão dos funcionários dos Correios. A má gestão dos recursos e desvios investigados gerou déficit de aproximadamente R$ 6 bilhões, de acordo com a Polícia Federal. A ação, nomeada 'Operação Pausare', se concentra em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Alagoas para cumprir 100 mandados de busca e apreensão.
Entre os alvos das medidas judiciais estão empresários, em suposta articulação com gestores do fundo de pensão; dirigentes de instuição financeira internacional, empresas com títulos em bolsas de valores e instituições de avaliação de risco. A Operação Pausare é resultado de auditorias de órgãos de controle, segundo as quais existe má gestão, irregularidades e impropriedades na aplicação dos recursos do Postalis. A PF investiga agora as repercussões criminais da atuação desse grupo de pessoas no desvio de recursos do fundo.
A fraude na gestão do Postalis não é novidade no leque de investigações da PF. Em dezembro de 2015, foi deflagrada a Operação Positus, para apurar desvios de até R$ 180 milhões; em setembro de 2016, a PF deflagrou a Operação Greenfield para investigar irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país, entre eles o Postalis. E em outubro do ano passado, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou intervenção no Postalis por 180 dias.
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