O time de futebol juvenil tailandês formado por 12 meninos e seu técnico, 25 anos, encontrados em uma caverna no norte da Tailândia, nove dias depois de desaparecidos, ainda podem ficar presos por meses no local.
As equipes de socorro permanecerão dentro da caverna com os meninos e o técnico até que tenham condições de percorrer os mais de 3 km que os separam da saída, inundados em parte. “Vamos levar comida, mas não estamos certos de que possam ainda se alimentar, já que não comem há muito tempo. Também levaremos um médico que seja mergulhador”, disse o governador.
“Nós achamos todos os 13 bem”, disse o governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osottanakorn, entre os gritos de alegria dos socorristas e jornalistas.
Os amplos esforços de resgate foram dificultados pelas fortes chuvas, que inundaram a caverna de Tham Luang, situada no norte da Tailândia, e bloquearam o acesso às câmeras onde esperavam encontrar o grupo. Mas os mergulhadores aproveitaram um breve período de tempo bom para adentrar mais a caverna, onde o nível de água reduz lenta, mas incessantemente, a cada hora graças ao bombeamento.
Esperavam encontrar a equipe em uma saída elevada. Mas o grupo havia ido cerca de 300 m a 400 m mais longe já que a saída ficou submersa, acrescentou Narongsak. A notícia se propagou rapidamente pelas redes sociais e os pais das crianças, alguns dos quais estavam há dias dormindo perto da caverna, expressaram a sua alegria. “Estou tão feliz. Quero vê-lo em bom estado físico e mental”, disse Thinnakorn Boonpiem, pai de um dos desaparecidos.
Os jovens jogadores e seu treinador se aventuraram na noite de 23 de junho, após o treino, na caverna de Tham Luang, situada em uma zona de densa floresta tropical na fronteira com Mianmar e Lagos. Mas ficaram bloqueados pelas fortes chuvas de monção e não conseguiram contato com eles.
Alívio nacionalSeu drama foi acompanhado ao vivo pela televisão tailandesa e os internautas não falavam em outra coisa durante dias. Ontem, organizaram uma cerimônia na escola das crianças. “Deixem que voltem a jogar futebol conosco, sentimos muito a sua falta”, implorou Tilek Jana, 14 anos, uma das 200 crianças reunidas e cujo amigo, Prajak, está entre os desaparecidos.
“Rezo todas as noites para que essas 13 vidas sejam resgatadas logo”, acrescentou Jakkrit Muenghong, um dos professores de Prajak. Um conhecido cantor da Tailândia, Kong Huayrai, escreveu uma música em homenagem às crianças e ao treinador: “Não sabemos quem são, como são, mas onde estão? Estão com frio e fome?”, diz a canção difundida na televisão.
Equipes de especialistas chegados de Austrália, Reino Unido, Japão e China, assim como 30 soldados americanos, se deslocaram até essa remota região montanhosa para apoiar as equipes de resgate tailandesas. (As informações das Agências)
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