Um grupo de homens vestidos de branco e armados com barras de madeira e de metal espancou dezenas de manifestantes na estação de metrô Yuen Long, em Hong Kong, no fim deste domingo (21) (horário de Brasília). A confusão deixou 36 pessoas feridas entre aquelas que retornavam de um protesto a favor de reformas democráticas na região.
Entre os feridos, há um em estado grave. O deputado de Hong Kong Lam Cheuk-ting, do Partido Democrata, também foi agredido e afirmou à imprensa local ter sido atacado por "dezenas de pessoas", às quais classificou como "membros de uma máfia", recriminando a polícia por ter demorado mais de uma hora para intervir.
O ataque do grupo foi muito mencionado nas redes sociais, nas quais circularam vídeos que mostram a brutalidade das ações. Nelas, é possível ver como os agressores espancam qualquer um vestido com camiseta preta, cor predominante na manifestação pró-democracia que havia tomado as ruas do centro mais cedo.
A China denunciou duramente nesta segunda-feira, 22, o ataque contra seu escritório de representação em Hong Kong por manifestantes antigoverno, falando em atos "absolutamente intoleráveis" e cobrando "punição aos culpados".
A ex-colônia britânica, devolvida para Pequim em 1997 e que desfruta de ampla autonomia dentro do território chinês, é palco desde junho de grandes manifestações contra o governo de Hong Kong.
O movimento começou com a rejeição a um projeto de lei, atualmente suspenso, que permitiria as extradições para a China continental. Mas os manifestantes agora exigem uma anistia para os detidos, o sufrágio universal e a renúncia da chefe do executivo local, Carrie Lam.
No domingo, um grupo de manifestantes atacou o Gabinete de Ligação do Governo Central em Hong Kong. Os manifestantes jogaram ovos e fizeram pichações na fachada do prédio, desafiando a autoridade de Pequim depois da invasão no início de julho do Parlamento de Hong Kong.
Na China continental, o governo e a imprensa estatal também condenaram os atos de vandalismo. "Esse tipo de comportamento desafia abertamente a autoridade do governo central", declarou um porta-voz da Secretaria para os Assuntos de Hong Kong e Macau, denunciando à agência Xinhua "atos absolutamente intoleráveis". (As informações do Estadão)
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