sábado, 1 de julho de 2017

NOVO CAPÍTULO: GALLO DISPUTARÁ QUINTO BA-VI, O PRIMEIRO NO LEÃO; JORGINHO ESTREIA

No Ba-Vi, os olhares geralmente estão direcionados para o campo. No entanto, fora dele e no papel de coadjuvantes, os treinadores ajudam a escrever um capítulo à parte em cada clássico. Para Alexandre Gallo, técnico do Vitória, o jogo deste domingo (2), às 16h, no Barradão, é uma oportunidade de reviver a sensação que ele não desfruta há oito anos, quando comandava o Bahia. Do outro lado, ainda que com um currículo invejável, com direito a conquista de Copa do Mundo e participação em Fla-Flu como jogador e também de treinador, Jorginho vai conhecer de perto e debutar no maior clássico do Norte/Nordeste.

A primeira experiência de Gallo num Ba-Vi foi em 2009 e no Barradão, mesmo palco de amanhã. Enquanto visitante, levou a melhor no comando tricolor e venceu por 2x0, em jogo marcado por uma falha do goleiro colombiano Viáfara. Gallo ainda disputaria outros três clássicos, todos pelo Campeonato Baiano: empate por 0x0 em Pituaçu e depois foi derrotado na partida de ida da final por 1x0, no mesmo estádio. Na volta, no Barradão, empate por 2x2, que deu o título ao Vitória.

Agora, pela primeira vez do lado oposto, Gallo promete muita luta dos seus comandados para sair com o triunfo. “Clássico especial, de duas grandes equipes, de uma rivalidade quase que centenária. Do nosso lado vamos sempre respeitar o adversário, os atletas que eles têm, a comissão técnica, mas vamos lutar muito pra vencer. Nossa expectativa é essa. De uma luta muito grande, pois temos a necessidade de vencer, pelo momento e a nossa melhora”, afirmou Alexandre Gallo.

Até então, ele comandou o Leão em seis partidas e obteve um aproveitamento de 38% com duas vitórias, um empate e três derrotas. O treinador acredita que a equipe está evoluindo e mantém a confiança de que resultados melhores virão a partir de amanhã.

“Futebol nós não temos como reverter resultado do dia para a noite. Futebol demanda trabalho. Essa foi nossa primeira semana de trabalho basicamente onde pude entender os problemas individuais de cada atleta, individualizar o trabalho e em cima disso que a gente quer melhorar. Por isso que queremos fazer um grande jogo domingo e vencer nosso rival”, dá o recado.

Com o mesmo objetivo, Jorginho também comemorou a primeira semana completa só de treinos à frente do tricolor. O seu aproveitamento no comando da equipe é de 33%. Foram dois triunfos, um empate e quatro derrotas. “Estamos tendo esse tempo para trabalhar muito a parte tática, a organização defensiva, ofensiva, todos os momentos que a gente imagina que acontecem no jogo, como a transição ofensiva. Tudo isso a gente está tendo a oportunidade de rever, conversar, organizar”, explicou.

A maior preocupação de Jorginho no seu primeiro Ba-Vi é não dar pistas ao rival, mas ele promete tentar surpreender. “É uma equipe que está em uma situação, assim como a gente, com condição de sair da zona. É uma equipe bastante veloz. Sei o quanto eles têm jogadores de velocidade. Não gosto de citar nomes, porque uma equipe é formada por vários jogadores. Estamos atentos, o Dade (departamento de análise e desempenho) tem nos ajudado. Com certeza, a gente está montando uma estratégia para surpreendê-los”, disse.

No confronto direto contra o amigo Alexandre Gallo, Jorginho não se considera em desvantagem por ser estreante em Ba-Vis. Para ele, a experiência como jogador e treinador em outros grandes clássicos do futebol brasileiro também o ajuda numa partida como essa.

“Ele (Gallo) viveu a questão emocional só. A gente sabe muito bem o que representa um jogo como esse. Participei de vários Fla-Flus, Vasco e Flamengo. Trabalhei no São Paulo, joguei vários jogos assim, importantes. A gente sabe a importância que tem esse jogo, o quanto a rivalidade é importante. Ter um triunfo nesse jogo é fundamental. O Gallo é um amigo, mas a gente sabe que, nesse momento, se torna adversário, mas não inimigo”, brincou.

O curioso é que, apesar de estar vivendo todo o clima do seu primeiro Ba-Vi, Jorginho não poderá ficar na beira do campo por ter sido expulso na última rodada, contra o Flamengo. O auxiliar Luizinho Quintanilha fará a função.

Outra situação lamentada pelo treinador foi a decisão pela manutenção da torcida única. A medida já havia sido utilizada no campeonato estadual. “Nossas leis são muito frouxas. São as leis do país, não só do torcedor. Tem que ser severa. É inadmissível uma torcida apaixonada como a do Bahia ficar de fora. É uma questão de falta de punição. O bandido tem que ser punido, ir para a cadeia”, reclamou.

Jorginho e Alexandre Gallo estarão frente a frente pela primeira vez enquanto treinadores. Quem sabe não é o início de uma nova rivalidade? (As informações do Correio)

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