O presidente Michel Temer afirmou, nesta segunda-feira, 3, ter certeza de que conseguirá derrubar a denúncia contra ele na Câmara dos Deputados. "Quando examinada a tal denúncia vê-se desde logo sua inépcia, é frágil e inconsistente", afirmou o presidente em entrevista ao vivo à rádio BandNews FM.
O presidente disse primeiro ter "certeza" e depois "quase absoluta certeza" de que tem os votos necessários para derrubar a denúncia na Câmara e afirmou que há cerca de 363 indecisos. "Eu tenho (confiança). Eu Estarei muito obediente àquilo que a Câmara decidir. Mas dou um dado interessante. Há cerca de 363 indecisos, sendo que os indecisos são aqueles que vão dar seu voto no ultimo momento. Os que são contra dizem logo que são contra", afirmou. "Tenho esperança, no sentido de quase certeza absoluta, de que vamos ter sucesso na Câmara dos deputados", completou.
Segundo o presidente, quando a Câmara tomar conhecimento técnico da defesa que será feita, "defesa que será de meras explicações", "a votação necessária para processar a denuncia não se dará". "Isso tenho quase absoluta certeza", destacou.
Temer disse ainda que o Brasil não está parado por conta da denúncia e destacou que os dados econômicos mostram retomada. "Nós temos certeza daquilo que estamos fazendo no plano governamental, ético e também moral", disse.
Sem saia justa
O presidente entrou ao vivo no programa do jornalista Reinaldo Azevedo por telefone e logo no inicio foi avisado pelo âncora de que não teria que responder perguntas sobre a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, pois o presidente "não é do Ministério Público, não é da Justiça", disse o jornalista.
Temer telefonou para Azevedo para rechaçar notícias de que ele e sua família estariam abatidos com a crise e ironizou dizendo que daqui a pouco falariam que "até o cachorro está abatido".
"Sabe que estou animadíssimo", disse Temer. "Isso (abatimento) é irreal. Estou animado porque na verdade estamos indo bem, as reformas estão indo adiante, a inflação está caindo", completou. Temer destacou ainda pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que mostrou aumento nas vendas das fábricas. (As informações do Estadão)
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