Depois do anúncio do rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco S&P, o governo federal decidiu traçar uma estratégia de usar a decisão para tentar convencer parlamentares a aprovar o mais breve possível, preferencialmente até fevereiro, a reforma da Previdência.
A medida é tida como fundamental para a sustentabilidade das contas públicas, e a demora em sua aprovação foi um dos argumentos da agência para o corte da nota. Com o rebaixamento, o Brasil ficou três níveis abaixo do grau de investimento, que é como selo de bom pagador, que indica que a região é segura para os investidores.
As articulações políticas, no entanto, devem esbarrar no temor dos deputados de sofrerem nas urnas as consequências da aprovação da proposta de mudança na aposentadoria. "A classificação de risco que interessa à esmagadora maioria dos deputados é o risco eleitoral", avisou o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou que a aprovação da reforma é essencial para as contas públicas, e que essa sinalização poderia inclusive levar a agência a reverter sua decisão, elevando a nota de crédito. Mas entendeu que a reforma da Previdência, por exemplo, possa preocupar os parlamentares. (As informações do Estadão)
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