A inegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após sua condenação em segunda instância divide a população brasileira. De acordo com pesquisa do instituto Datafolha, é maior numericamente a quantidade de pessoas que defendem que ele deveria ser impedido – são 51% contra 47% que avaliam que ele deveria poder concorrer – mas a diferença está dentro da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. De acordo com a Lei da Ficha Limpa, Lula está inelegível após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmar sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.
Sua pena também foi ampliada de 9 anos e meio para 12 anos e 1 mês. Lula, no entanto, pode conseguir concorrer por meio de recursos a tribunais superiores ou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os grupos que mais defendem seu impedimento são os de eleitores com ensino médio (55%) e superior (67%) e os trabalhadores com renda familiar mensal acima de dois salários mínimos (60%) – à medida que cresce a renda, mais aumenta o apoio ao veto a sua candidatura, chegando a 70% entre os que ganham mais de dez salários mínimos. A possibilidade de candidatura é mais apoiada nas regiões Nordeste e Norte (respectivamente 71% e 53% dos eleitores). Nas outras regiões do país, mais de 60% se opõem à ideia.
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