O PT iniciou no sábado (13) uma série de encontros com dirigentes do partido para discutir os rumos da legenda nas eleições de 2010. O discurso mais inflamado ficou por conta do governador Jaques Wagner. Ele criticou os correligionários que, para ele, apenas cobram do estado ações para seus municípios ou cargos na administração estadual sem levar em consideração as dificuldades do governo.
“Só não fizemos mais porque houve queda na receita, mas é preciso que a militância do PT volte a discutir política e não apenas questões administrativas”, afirmou.
O ato também reforçou o intuito do partido em construir na Bahia um palanque para a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Wagner admitiu que vai trabalhar para aumentar o números de partidos da sua base. “Desejamos manter o PMDB na aliança, mas além disso desejamos o PP e o PR também”, pontuou.
A declaração de Wagner coincide com o período em que o PMDB acentua a possibilidade de lançar uma candidatura própria do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.
O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, também presente ao encontro, comentou que o PMDB tem autonomia para decidir seu caminho, mas disse desejar a manutenção da aliança que permitiu a eleição de Wagner. A afirmação aconteceu após Geddel reagir ao posicionamento de Berzoini. O presidente do partido declarou que o ideal para eleger Dilma seria “ Jaques Wagner para governador e Geddel para o Senado”. (com informações do Correio)
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