sexta-feira, 21 de julho de 2017

EM DISCURSO, TEMER ENFATIZA CONTROLE DE CONTAS EM SUA GESTÃO

O presidente Michel Temer procurou enfatizar, ontem, em evento no Palácio do Planalto, o controle das contas públicas em sua gestão. Em discurso durante cerimônia de anúncio de medidas para o fortalecimento da odontologia no SUS, o peemedebista citou marcas do seu governo, como a PEC do teto de gastos e a aprovação da reforma trabalhista no Congresso. Sem citar o possível aumento de impostos, ele também minimizou o clima de instabilidade no país.

“Interessante que de vez em quando as pessoas dizem, naturalmente os arautos do desastre, dizem que o Brasil parou e não vai fazer nada. O Brasil é a oitava economia do mundo. Nós estamos trabalhando para que essa posição não só permaneça como possa até melhorar. Quero registrar isso para que não sejamos os arautos do catastrofismo”, afirmou. Para o presidente, o otimismo está ancorado na equipe econômica e, também, nas ações tomadas desde o primeiro dia de seu governo, que tem promovido a eficiência e transparência na gestão das contas públicas. “Estamos tratando com seriedade o dinheiro do pagador de impostos”, afirmou.

Desde a quarta-feira (19), fontes do governo admitiam que um aumento de impostos teria “impacto político”, justamente no momento em que Temer tenta angariar votos para derrotar a denúncia contra ele no Congresso Nacional. A ampliação do corte em meio às reclamações dos ministérios por falta de recursos deve ampliar ainda mais esse impacto.

A equipe econômica espera compensar esse bloqueio adicional com o recolhimento de receitas extraordinárias previstas para o segundo semestre. No entanto, economistas e o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) já alertaram o governo para a incerteza que ronda essas receitas. O relatório de avaliação de receitas e despesas primárias, com o detalhamento do contingenciamento, será divulgado, hoje, pelo Planejamento e pela Receita Federal.

Empresários criticam o aumento de impostos
Ao comentar, em nota, o aumento das alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) manifestou indignação com a medida e comentou que a elevação da carga tributária vai agravar a crise num momento em que a economia dá sinais de recuperação. “Nesta semana, ficamos indignados com o anúncio da alta de impostos sobre os combustíveis”, afirmou Skaf.

Com questionamentos direcionados ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o conteúdo da nota poupa de críticas o presidente Michel Temer (PMDB), aliado de Skaf. “Somos contra o aumento de impostos porque acreditamos que isso é prejudicial para o conjunto da sociedade. Não cansaremos de repetir: Chega de Pagar o Pato”, disse.

“O país precisa de reformas, e não de mais impostos. Além de um teto para os gastos, o Brasil necessita de um teto para os impostos”, destaca nota da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). As queixas foram registradas também em entidades representativas de outros setores da economia, como a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que defendeu a necessidade de uma reforma tributária. (As informações das Agências)

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