domingo, 17 de setembro de 2017

AOS 65 ANOS, MORRE O APRESENTADOR MARCELO RESENDE

Infelizmente, faleceu na tarde de hoje (17h45), Marcelo Luiz Rezende Fernandes, conhecido como Marcelo Rezende. O apresentador da Record, que estava com 65 anos, lutava contra um câncer de pâncreas. Segundo informações, ele já chegou no hospital Moriah, em São Paulo, na última terça-feira, com falência múltipla dos órgãos. Ele deixa quatro filhas e um filho, com idades de 15 a 40 anos: Patrícia, Marcella, Ana Carolina, Valentina e Diego. Todos de cinco mulheres diferentes. O velório será neste domingo (17), na Assembleia Legislativa de São Paulo, a partir das 10h.

Sua trajetória
Pouca gente sabia, que Marcelo Rezende não tinha formação acadêmica superior, mais mesmo assim destacou-se no jornalismo trabalhando nas redações das maiores organizações de mídia do país, como Grupo Globo, Record e Editora Abril.

A paixão pelo o jornalismo começou de forma inusitada para o jovem carioca de classe média baixa que não queria estudar e virou hippie na praia de Mar Grande, localizada na Ilha de Itaparica (Bahia). Marcelo tinha 17 anos, matriculado em um curso técnico de mecânica, foi visitar a redação do Jornal dos Sports no Rio de Janeiro, com o primo Merival Júlio Lopes, que trabalhava lá. No local, se ofereceu para ajudar um senhor que datilografava uma relação de clubes de várzea. Ele era diretor do jornal, que convidou Marcelo para estagiar. No Jornal dos Sports Rezende ficou até os 19 anos. “Volta para a mecânica, você não leva o menor jeito para ser jornalista, não presta atenção em nada”, disse seu chefe. De muitas amizades, conseguiu rapidamente uma recolocação, na Rádio Globo, e logo depois, em 1972, foi convidado para trabalhar como copidesque no jornal O Globo, tendo a oportunidade de aproximar-se do ídolo Nelson Rodrigues e trabalhar com o colega Tim Lopes.

Depois de sete anos em O Globo, ele fora convidado para a mais importante publicação da área de esportes, a revista paulistana Placar, da Editora Abril. Ficou nas reportagens daquela redação por oito anos e meio, cobrindo inclusive a Seleção Brasileira em duas Copas do Mundo. Registro raro é sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, onde Ayrton Senna era o entrevistado e Rezende, um dos entrevistadores convidados.

Em 1987, o repórter chegou à televisão, na área de esportes da Rede Globo. Cobriu os clubes do Rio de Janeiro e participou das transmissões dos jogos, por exemplo, a Copa América de 1989, na equipe de Galvão Bueno e Chico Anysio. A diretora-executiva de jornalismo Alice-Maria e o diretor-geral, Armando Nogueira, tinham outros planos e ele foi transferido para a editoria “Geral”. A primeira cobertura policial foi o assassinato de um dos empresários mais ricos do Rio, José Carlos Nogueira Diniz Filho. Foi onde o instinto investigativo de repórter apareceu. Mas continuou na “Geral”, fazendo fontes. Participou da transmissão do festival de música Rock in Rio, fez reportagem sobre a primeira rede de telefonia celular do Brasil e participou da cobertura do funeral de Ayrton Senna, em São Paulo.

Seu pai era diretor de uma unidade para menores infratores e depois se tornou coordenador de uma escola, que era chamada de “serviço assistencial ao menor”. Foi nesse ambiente e convívio social que se apresentaria em reportagens investigativas e coberturas jornalísticas: a prisão dos sequestradores do empresário Roberto Medina, a busca ao paradeiro de PC Farias, o crescimento e as invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, a indústria da pirataria fonográfica chinesa e a corrupção na Confederação Brasileira de Futebol, CBF. (As informações do A Tarde)

Nenhum comentário:

Postar um comentário