Após a Bahia aparecer como o estado com maior número absoluto de crimes intencionais no Brasil em 2016, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta segunda-feira (30), a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) questionou a confiabilidade dos métodos utilizados no levantamento. Em nota, a pasta disse que não preencheu um questionário enviado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsável pelo estudo, porque recebeu um documento da própria unidade informando que o Ministério da Justiça “atestou” que o sistema “não apresenta dados confiáveis”. “A SSP entende que é impossível, no Brasil, estabelecer rankings entre os estados se cada localidade adota uma metodologia diferente na contagem dos crimes.
O próprio Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsável pelo Anuário, reconhece o problema e ressalta que não é indicado a classificação das federações”, afirma a SSP. Ainda segundo a secretaria, o questionário tem se revelado “inútil”. “[...] A proposta do questionário de avaliação, respondido pela Bahia desde 2014, é apresentar um diagnóstico dos estados para um Plano de Segurança Nacional, no entanto, a iniciativa tem se mostrado uma ferramenta inútil, já que as conclusões e interpretações feitas pelo Fórum não são utilizadas pelo Ministério da Justiça”, criticou. A pasta disse também que a forma como os dados são contabilizados pelo Fórum interfere “consideravelmente” na posição dos estados no ranking.
“Várias mortes sendo contabilizadas como apenas um crime violento, além de inúmeras casos de morte violenta registradas como "crime a esclarecer" interferem consideravelmente no posicionamento dos estados . Inclusive, na última reunião do Colegiado de Secretários de Segurança do Nordeste, realizada em agosto de 2017, um ofício foi enviado para o Ministério da Justiça, assinado por todos os integrantes, solicitando a uniformização dos dados”, rebateu. “A SSP reforça o empenho dos policiais no combate aos crimes contra a vida, sendo feito principalmente com maior foco na atuação dos traficantes, haja vista que 80% das mortes têm ligação com essa prática criminosa (rivalidades e usuários que não pagam pelo consumo)”, conclui a SSP. (As informações do BN)
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