O cerimonial da presidência ou a assessoria do Hotel Pestana acaba de cometer um deslize histórico. Na entrada da coletiva com os presidentes Lula e Hugo Chávez, no auditório Gregório de Matos, no Pestana, foram oferecidos rádios para que a imprensa brasileira e venezuelana pudesse acompanhar as traduções simultâneas tanto em espanhol como em português.
Mas, os rádios estavam sintonizados numa freqüência que captava a reunião secreta que acontecia em outra sala do hotel entre Lula, Chávez, as chancelarias e mais ministros da aérea econômica dos dois países sul-americanos. Alguns trechos da reunião puderam ser ouvidos. O clima não era nada amistoso.
Chávez reclamava de preços preferenciais oferecidos a Petrobras no mercado internacional. Além disso, o comandante venezuelano falava em escassez nas reservas de óleo e gás em seu país e de acordos não cumpridos pela Argentina. Depois da interferência de um suposto ministro do governo Chávez, Lula chegou a dizer que só fecharia o acordo se conseguisse eleger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e se ele próprio assumisse a presidência da Petrobras.
Assim que a informação vazou, o cerimonial e a segurança da República iniciaram investida para recolher as pilhas dos rádios. Em seguida, eles decidiram confiscar os equipamentos. Houve um princípio de tumulto, mas não passou disso. (com informações do BN)
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